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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Peru - 07 a 23/09/2008

12º Dia (18/09 - qui) – City Tour Arequipa


Acordamos cedo, pois queríamos aproveitar bem o dia e fomos tomar nosso conhecido desayuno continental.
Seguimos para a Plaza de Armas, que fica a seis quarteirões do Hotel Santa Teresa, e fomos verificar uma agência para comprarmos nosso tiquet para o city tour no Bustour para o horário de 9h:15min, o passeio completo custa S/.35,00 p/pessoa.



Compramos nosso bilhete e esperamos na agência de turismo mesmo, pois o ônibus sai da Plaza de Armas. Enquanto esperávamos consultamos o passeio do Colca e também de Paracas.

No horário estipulado o ônibus saiu, nossos assentos eram os de número 09 e 10 do piso superior.


Há um guia permanente a bordo que vai relatando todo o histórico do passeio.






Durante o passeio, que tem duração de 4 horas, visita-se a Plaza de Armas, o Mirador de Carmen Alto (foto ao lado), o distrito de Caya, a Plaza e Mirador de Yanahuara, uma loja de artigos feitos de alpaca, lhama e vicunha, distrito de Sachaca, o Balneário de Tingo, a mansão del Fundador, o Molino e Sabandía e Andenes de Paucarpata.

Arequipa localiza-se no sul do país, a 2300 metros de altitude, foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO no ano 2000, devido à arquitectura ornamentada, sendo grande parte dos edifícios construídos numa espécie de rocha vulcânica de cor branca, designada de "sillar". O nome dela vem da "oração en lingua quíchua, Arequipai" que quer dizer" Sim, fique".

A primeira parada do ônibus é no Mirador de Carmen Alto de onde se pode observar os três exuberantes vulcões: el Chachani, El Misti y el Pichu Pichu. A vista, realmente é maravilhosa. Também, desse mirador se pode observar lhamas e alpacas.


Nesse local também se vê a plantação de várias frutas e legumes característicos do Peru.
A foto ao lado é uma alcachofra em flor.

Em seguida, parte-se para o Distrito de Cayma – O distrito é um dos vinte e nove Cayma que compõem a província de Arequipa, no departamento de Arequipa. Lá os monges dominicanos levantaram uma capela por volta do ano de 1544, que serviu de base para uma igreja que se construiu por volta do século XVIII.

Saímos e fomos para o Mirador de Yanahuara (foto ao lado) – é um local agradável em Arequipa, foi construído no século XIX e é composto por uma série de arcos de pedra silar onde as palavras dos famosos cidadãos de Arequipa tem sido gravadas.
Este local é um ponto de vista maravilhosa da cidade e Vulcão Misti.





Nesse local experimentamos o sorvete típico peruano que é tipo um sorvete brasileiro conhecido como raspadinha. Ele tem gosto de sorvete de creme, é raspado e por cima coloca-se canela em pó.

Seguimos para o Outlet Incalpaca, parte comercial do passeio.
É um local onde se comercializa produtos feitos de alpaca, lhama e vicunha, os respectivos animais também estão no local, o que foi uma maravilha, pq nada melhor que ver e fotografar as gracinhas.




Terminada a seção comercial, seguimos para o Distrito de Sachaca

Depois, Balneário de Tingo que situa-se a 5km da cidade de Arequipa. É um lugar de recreação que conta com piscinas e um lago artificial, onde se pode dar um passeio de bote.

Fizemos mais uma parada na Mansão Del Fundador. Fica a 9km, aproximadamente, do centro da cidade. É um local onde os rios Socabaya e Paucarpata banham um conjunto de terras. Neste local há uma mansão, uma das mais importantes palácio da região. A construção data do século XVIII, é feita com pedra silar e construída a beira de um precipício.


A visita da mansão é paga S/.10,00 inteira e S/.5,00 estudante. (valor por pessoa)

Depois de visitarmos a mansão fui ver uma lhama que estava no jardim fui tentar passar a mão nela, mas ela não quis conversa, deu uma bela de uma cuspida, também eu perturbei ela até ela cuspir pq queria ver ela cuspindo.



Foi ótimo, porque a cuspida não me atingiu e eu pude rir muito.




Segundo se conta, o fundador Don Garcí Manuel de Carbajal mandou construir para seu filho.
A mansão passou por vários proprietários e no ano de 1585 foi vendida aos padres Jesuítas, que se fixaram, melhorando e ampliando os ambientes da casa, além de construírem uma igreja.
A foto ao lado é de um filtro de pedra que há na cozinha da casa. É impressionante como funciona perfeitamente.
A foto abaixo é do Luiz ao lado de um caminhão que tinha no local.

A próxima parada foi no Molino de Sabadia, que situa-se a cerca de 9 Km da cidade, é famosa por causa do moinho colonial dela que data do século XVII onde antigamente os grãos foram moídos e então foi distribuído no todo sul. A entrada daqui também é paga S/.5,00 p/pessoa.

Finalmente passamos por Andenes de Paucarpata, depois disso, na volta para Arequipa a guia turística sugeriu, para quem quisesse almoçar, um restaurante de comidas típicas. Resolvemos descer ali e almoçar. Não recomendo essa parada, a comida demora demais e não é tão maravilhosa. Na verdade, depois nos arrependemos pq poderíamos ter almoçado no centro de Arequipa e ter aproveitado melhor o tempo.
Conclusão o city-tour, apesar do que vimos ficou abaixo das nossas expectativas, pois as explicações nos locais de visita eram muito precárias e ficamos com a sensação de que se tivéssemos contratado um taxi para fazer o mesmo percurso tinha sido muito mais proveitoso e rápido.
Ou seja, se soubéssemos do conteúdo do passeio teríamos viabilizado outra forma, que não o ônibus turístico, para ver a mesma coisa em menos tempo e com uma explicação mais voltada para nós.
A foto abaixo é da entrada do restaurante onde almoçamos.

O restaurante chamava-se Picanteria turística e era muito bonito.
Pedimos um rocoto relleno para mim, que é um pimentão vermelho, recheado com carne e vem acompanhado de batatas, é um dos pratos típicos de Arequipa.
Para o Luiz pedimos um lomo saltado. Quando veio, pensamos que o pimentão não era picante, mas pense num negócio ardido pra caramba. Quase não conseguimos comer de tanto que ardia. Além disso, pedimos um pisco e um uísque. Tudo deu S/.35,00.

Depois pegamos um moto taxi e fomos para a Plaza de Armas.

Fomos direto para a agência de turismo fechar nosso passeio para o Cânion Del Colca.
Optamos por comprar na agência de turismo “Peru Bolívia Expeditions” com o Sr. Yuri.
Agência Peru Bolivia Expeditions www.peruboliviaexpeditions.com fone: 0051-54-222772.
Resolvemos também comprar tanto o passeio de Colca, como o de Paracas, pois achamos que facilitaria o final da viagem.

O tour de Cânion Del Colca ficou por U$S78,00 valor para nós dois e incluía transporte turístico (em uma topique) com guia, duas noites em hostal na cidade de Chivay com desayuno e boleto turístico que é necessário para entrar no Canon, cujo valor é de S/.35,00 valor por pessoa.

Compramos também as passagens de Arequipa para Ica pela Cruz Del Sul, valor S/.92,00. valor por pessoa.

O tour em Paracas ficou por U$S122,00 (valor total para nós dois) e incluía a Reserva Nacional de Paracas, Islãs Balestras e uma noite em um Hostal duas estrela com desayuno continental.
Pelo combinado a excursão para o Cânion Del Colca sairia no dia seguinte entre 8:30 e 9h.

Tudo acertado, perdemos um pouco de tempo para resolvermos todos os detalhes dos passeios, mas pelo menos não teríamos mais preocupações até Paracas.

Resolvemos então visitar o Monastério de Santa Catalina, que é uma das grandes atrações de Arequipa e a visita dura em torno de três horas.
As fotos acima e ao lado são varandas do monatério.
A entrada custa S/.30,00 (por pessoa) e pode ser pago no cartão, mas não há redução para estudante. Caso se deseje um guia para acompanhar a visita, pode-se contratar uma dentro do próprio monastério, são estudantes de turismo que ficam lá aguardando pessoas interessadas em contratá-las. Resolvemos contratar uma, para ter melhor aproveitamento o valor cobrado foi de S/.15,00 para nós dois.

História – em 1579, a menos de 40 anos da chegada dos espanhóis a cidade de Arequipa, foi fundado o Monastério de Santa Catalina. Desde seu início, mulheres de diversos estatos sociais ingressaram no monastério para servirem como monjas de clausura e nunca mais retornarem aos seus lugares.
Construído com silar, é a mais importante expoente da arquitetura colonial arequipenha.
Os contínuos terremotos que afetaram motivaram mudanças em sua estrutura. Nesse local, as religiosas construíram celas privadas e levaram uma vida de clausura, asiladas da civilização.
Foto ao lado é de um dos quartos das freiras reclusas.

Esse local é uma pequena cidade, com vários espaços de clausura. Inicialmente as mulheres que decidiam ingressar nele ficavam em uma determinada área, onde os quartos eram mais simples, passavam o dia orando e bordando. Nesse local permaneciam por dois anos e podiam desistir de ficar lá, mas a opção de sair era um desacato à família. As famílias entendiam que enviar a filha para lá era uma honra.
Quando elas entravam tinham que entregar dotes em dinheiro e para mantê-las lá a família tinha que enviar recursos para o monastério. As mais abastadas tinham mais regalias, enquanto que as mulheres de família pobre só conseguiam ingressar se tivessem algum dom artístico e para se manterem lá ficavam fazendo trabalhos, tais como cozinhar, lavar etc.
Foto ao lado é do local onde elas lavavam roupas.

Passados os dois anos, elas eram promovidas a outra ala, onde permaneceriam para o resto da vida até morrerem. Durante todo o tempo não tinham nenhum contato com as pessoas fora do monastério e as visitas da família era realizada por meio de um giratório onde entrava o produto, girava-se a roda e dentro a freira recebia. Ou seja, não havia contato visual, nem verbal, só passagem de produtos.

Todo o trabalho dentro do monastério era realizado por elas, que também bordavam, faziam pães, bolos, biscoito, os quais eram comercializados para ajudar na manutenção delas dentro do monastério.

O local é espetacular e impressionante. A construção uma verdadeira obra de arte. Conhecer aquele lugar é um aprendizado. E, por impressionante que pareça, hoje ainda existem freiras morando lá, logicamente que com uma vida agradável, pois a clausura não é mais tão rigorosa.

Terminado o tour com a guia, ficamos mais um pouco no monastério vendo mais detalhadamente alguns compartimentos que não tivemos tempo de melhor apreciar na visita guiada e também tirando umas fotos.

Foto acima do interior do monastério.
Saímos de lá direto para pegar nossas roupas que tínhamos deixado para lavar no dia anterior. E, em seguida, fomos para o hotel deixar as roupas lá.

Quando estávamos saindo do hotel para dar mais um passeio pelas ruas de Arequipa a recepcionista do hotel avisou que havia uma ligação para mim. Fiquei assustada, pois quem poderia me encontrar em um hotel em plena Arequipa-Peru?

Atendi e, para meu espanto, era o dono da agência de turismo que eu havia fechado os pacotes de passeio, Sr Yuri, avisando que o horário de saída do passeio havia mudado, pois haveria uma carreteira (rally) no dia seguinte e a estrada seria fechada. O novo horário de saída do passeio seria 3 horas da madrugada. Quase caio para trás, pois tudo que não queríamos era acordar de madrugada para sair para o passeio. Sem entender direito, ou talvez sem querer entender, o motivo da mudança de horário e muito chateada por ter contratado uma coisa e ter que levar outra, disse a ele que iria ir à agência de turismo para conversarmos melhor.

Fomos na agência, que se localiza na Plaza de Armas, e pedimos novas explicações, que foram repetidas e Tb ele pediu desculpas pois era um fato que independia da vontade dele e que todas as agências estavam mudando o horário de saída do passeio do dia seguinte. Ficamos indignados, pois achamos um absurdo não se saber com antecedência sobre um rally que necessitasse fechar a estrada.

Resolvi ir ver em outras agências para conferir se a história era verdadeira ou se o danado do peruano estava querendo passar a perna em nós, já que no passeio pelo Colca de um dia a programação é sair 3horas da madrugada e voltar no mesmo dia. Ficamos com a impressão que ele não tinha fechado um grupo de pessoas que quisessem fazer o passeio de 2 dias e iria nos encaixar em um de 1 dia.

Fui em 2 agências como se quisesse comprar o passeio e pedindo informações e nas duas foi ressaltado que excepcionalmente o passeio do dia seguinte sairia às 3h da madrugada. Assim verifiquei q a história era verdadeira. Conclusão, voltamos a agência e acertamos os detalhes da saída.

Um pouco desapontados por ter mudado um pouco o curso do passeio, mas sem deixar que isso estragasse nosso dia, seguimos para um restaurante, já que estávamos com fome. Resolvemos ir no mesmo do dia anterior, já que tínhamos adorado o local e a comida.

Pedimos dois pratos com massa, um raviole e um fetucchine, ambos com carne. A comida estava espetacular e acompanhada do espetáculo de sanfona que o senhor estava novamente dando, foi maravilhoso. O nome do restaurante é La Italiana Massas e Pizzas, fica na calle San Francisco, 303. Local que recomendo, a comida é DIVINAMENTE maravilhosa.

Seguimos para o hotel, pois ainda teríamos que arrumar as malas, pois só poderíamos levar uma mochila pequena com material para passarmos 2 dias e uma noite, já que toda bagagem iria em uma van que não comportaria levar muitas malas de todas as pessoas. Ainda bem que levei uma bolsa pequena dobrada no fundo da mala, foi providencial para essa hora. Fizemos as malas, fechamos a conta do hotel, pois iríamos sair de madrugada, e deixamos as duas malas guardadas no hotel com o restante da bagagem. Fomos dormir as 23:30h, mas não antes sem colocar o depertador e também pedir para a recepção do hotel nos acordar.

Um comentário:

Joy & Liv disse...

Oi Ivone...estou lendo tudinho! =) Agora, quando eles te trocaram para o passeio de um dia, não te devolveram parte do dinheiro? É um saco né, ter q sair cedo desse jeito...

Este valor do Canion foi pra cada um ou para os dois? E o de Paracas?

Estou guardando as suas dicas de comida...quero experimentar algumas tb! =P

beijos

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