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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Peru - 07 a 23/09/2008

10º Dia (16/09 - ter) – Passeios em Puno Ilhas Flutuantes de Uros e Ilha Taquile

Acordamos 5h:45min, tomamos café que nesse hotel era do tipo buffet, ou seja: podia se servir a vontade e as opções eram café, leite, suco, chá, pão, bolo e cereais (q era tipo milho ou arroz, parecia pipoca).

Ou seja, praticamente a mesma coisa do desayuno colonial, com a diferença de poder repetir quanto quisesse.

Conforme combinado, o guia turístico veio nos pegar as 6h:45min para fazermos o passeio.
Pegamos o barco às 7h:30min. É um barco fechado onde cabem 20 pessoas e tem a parte de cima que se pode ficar alternadamente no máximo 10 pessoas. O frio é grande e não se consegue ficar muito tempo na parte de cima.

O lago Titicaca é o lago navegável mais alto do mundo fica a 3.815 m acima do nível do mar e o segundo maior na América do Sul com 8.300 quilômetros quadrados de superfície e profundidade de 284m.

A primeira parada é em nas Ilhas Flutuantes de Uros, situado ao norte da baía de Puno, a 30 min de barco do porto de Puno.

Ao lado, foto da ilha de Uros, observem a placa de energia solar.

Essas ilhas são feitas de totora, planta que cresce nas margens do Lago Titicaca e que se assemelha a uma espécie de junco, é utilizada para fazer embarcações, além de servir de alimento e construir as casas e tudo o mais que existe na ilha.

A visita dura em torno de 1 hora e causa um verdadeiro impacto na nossa cabeça. Os hábitos, tradições e costumes dos habitantes são bastante diferentes da nossa tradicional cultura. Viver numa ilha que balança é, realmente, diferente.
Durante a visita há uma explicação de como a população constrói as ilhas a partir da totora, os hábitos deles, bem como seus costumes.
Ao lado, foto da explicação da formação da ilha, impressionante!

Também é servido a totora no seu estado natural, vendo os uros comendo aquilo fica-se na maior vontade de comer, pois eles descascam e comem como se fosse a coisa mais saborosa do mundo e numa rapidez impressionante.
A existência das ilhas flutuantes remonta a centenas de anos atrás. Atualmente centenas de pessoas vivem nas 40 ilhas, os habitantes são em torno de 2 mil Uros.
Os uros dizem ser "kot-suña" (a cidade do lago) isso insinua eles têm sangue preto, eles não podem se afogar nem sentem o frio. É por isso que eles asseguram serem habilidosos tal como um peixe.
Na oportunidade, comi um pouco de totora, era branca, parecida com cana de açúcar, mas não era doce, também lembrava espargo e tinha um sabor que não me "disse nada"! Ou seja, não é exatamente gostoso, mas valeu ter provado.

A comunidade vive, trabalha e até estuda naquelas ilhas mesmo.

Essa foi a parte da viagem que mais me impressionou e me emocionou, fiquei completamente extasiada com a forma de vida daquele povo.

O mais interessante é que com toda aquela comunidade vivendo de forma rudimentar, as casas possuem energia solar, impressinante!
Para os que optam pode-se fazer um passeio em um dos barcos feito de totora, custa U$S15,00. A nós não nos pareceu interessante e optamos por não fazer, o percurso do passeio é pequeno.

Foto do passeio no barco de totora.

No final, há uma apresentação musical das nativas cantando uma música em três idiomas (Quéchua, Aymara e espanhol), fabuloso.

Em seguida, parte-se para a Ilha de Taquile, que fica localizada a 35 quilômetros no leste da cidade de Puno e a viagem entre Uros e Taquile dura em torno de 2h30min. Durante o percurso serve-se mate de coca, café e chá de canela, acompanhado de bolacha salgada. É onde se pode curtir o passeio, ir para cima do barco, ver as aves, é excelente.

A ilha de Taquile tem uma dimensão de 6 quilômetros quadrados e está a 3.950 m. acima do nível do mar. Destaca-se pelos microclimas variados e por ser a maior em todas as ilhas do Titicaca.

Neste pequeno pedaço de terra, seus habitantes mantêm certos costumes herdados dos incas.
Por exemplo, apenas os homens sabem fazer artesanato (tricô) eles são os responsáveis por tecer toda vestimenta da comunidade.
De longe, por exemplo, já é possível observar que suas encostas são todas recortadas por terraços construídos séculos atrás e que ainda são utilizados para agricultura.
Nas vestimentas do povo estão embutidos sinais de seu estado civil ou posição social. Na foto ao lado temos um homem casado, representado pelo gorro que usa e pela cor da roupa.
Na foto ao lado, mais um exemplo de que aos homens fica a responsabilidade de tricotar, enquanto que as mulheres não sabem fazer tricô, sua responsabilidade é transformar a lã dos animais em linha.
Aos domingos, os representantes dos 6 suyos (comunidades) existentes na ilha reúnem-se na praça principal para discutir os problemas de sua sociedade.
Os princípios morais dos Incas: Ama Sua ( não roubar), Ama Quella ( não menter), Ama Lulla ( não ser preguiçoso) são rigorosamente observados e sua infração pode resultar em expulsão da ilha.

Cada ilha é habitada por uma comunidade diferente uma com os descendentes dos Collaguas (de origem Aymara) e a outra com os descendentes dos Cabanas (de origem Quéchua), cada um com seus costumes e crenças distintos.

Nessa ilha é onde há o almoço que é opcional e custa S/.15,00 p/pessoa. Mas, sinceramente, é imperdível, além de delicioso, o cenário montado é impagável.

O almoço é algo indescritível e saborosíssimo.
Uma das famílias, que geralmente tem um restaurante no local, prepara uma grande mesa ao ar livre, sob uma coberta com um pano branco, tipo um toldo.
No nosso caso ficamos no Restaurante e Pousada de Don Prudêncio. Pode-se escolher entre duas opções omelete de vegetais ou peixe.
Escolhemos peixe. Inicialmente é servida uma sopa de vegetais e frango (foto ao lado), que tem um sabor extremamente agradável acompanhado de pães e um molho picante (tipo vinagrete) para quem deseja colocar no pão (eu adorei o molho picante).

Em seguida, vem o prato principal, no nosso caso peixe (truta), que vem frito e acompanhado de batata (é claro q não poderia faltar, rsrsrsr), e arroz, pense na delícia. Também é servido chá p quem quiser incluso no preço e opcionalmente pode-se pedir água mineral ou refrigerante.

Ao lado meu semblante estasiado de tanta beleza.


Em seguida, depois de todos terminarem o almoço há uma apresentação de dança nativa.
Terminado, fomos convidados a conhecer a Praça principal.








Os costumes da população que vive nessa ilha são bastante diferentes eles usam roupas e adereços que distingue a classe social, o status, dentre outros.
Ao lado foto de uma senhora transformando lã em linha. Fenomenal!

Terminada a visita voltamos para o barco para o retorno a Puno eram 15h. Aí é só moleza. Chegamos no cais de Puno as 18h10min, ou seja o passeio durou 10h40min.

Chegamos a Puno fomos andar pelas ruas e depois jantar ........numa.

Por fim, decidimos ir à rodoviária comprar nossas passagens para Arequipa para o dia seguinte. Pegamos um taxi-moto, que nos cobrou S/.2,00. Desta vez optamos pela empresa Sur Oriente, com a garantia que iríamos viajar nas primeiras cadeiras do ônibus de dois pisos, a passagem custou S/.20,00 p/pessoa com saída as 10h15min do dia seguinte.
Foto da ilha Taquile, mostrando o costume que se tem no Peru de se carregar elevadas carga nas costas, inclusive mulheres.

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