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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Peru - 07 a 23/09/2008

Paracas – dias 21 e 22 de setembro – dias 15 e 16

15º Dia (21/09 - dom) – Chegada em Paracas – Tour pela Reserva de Paracas
Ao lado a foto do que encontramos em Paracas, muitos, muitos Pelicanos.
Por volta de 5:00h acordei com o sol nascendo, belíssimo, olhei em volta quase todos dormiam, mas o Luiz estava igual a um tetéu, vigilante na estrada até parece que era o motorista.

O ônibus parou em Nasca e alguns passageiros desceram, inclusive nosso amigo Japonês.
O frio estava de rachar e era possível ver a névoa por toda a região.

De Arequipa a Nasca são 570km.
Continuando a viagem o Luiz falou que não dormiu quase nada e que a estrada era muito sinuosa e o motorista pisou adoidado no acelerador.

Infelizmente perdi essa paisagem, se tivesse mais tempo teria feito durante o dia para ver a estrada que passa ao lado do Pacífico, mas, não se pode querer tudo, né.

Às 7h:20min, conforme previsto, o ônibus chega em Ica. O interessante é que a parada é em uma rodoviária específica da empresa Cruz Del Sul. Parece que pelo Peru as empresas rodoviárias maiores cada uma tem uma rodoviária em cada cidade.

De Nasca a Ica são 135km. Ou seja, 705km de Arequipa a Ica.

Descemos e, junto conosco desceu mais dois casais, os quais tinham um agente de turismo a sua espera.

Mais pelicanos de Paracas.
Logo fomos abordados por um senhor que perguntou se desejávamos alguma informação. Como ele parecia muito atencioso, perguntei onde se podia tomar ônibus para Paracas.

Ele informou que não havia ônibus para Paracas, mas se desejássemos ele poderia arranjar um taxi. Agradeci, disse que no momento não queríamos um taxi, mas perguntei quanto seria e ele disse que por S/.120,00 um taxi nos levaria.
Claro que com esse preço não tínhamos nenhum interesse. Ele ficou insistindo, chegou a chamar o agente de turismo que iria levar os outros dois casais para perguntar se havia outra opção de irmos a Paracas, o qual, logicamente disse que teríamos que tomar um taxi. Percebemos que ele tinha dito aquilo para que fossemos de carro.

Mesmo assim, dissemos que não queríamos e que iríamos ainda pensar. Fomos saindo e fora da rodoviária perguntamos a outra pessoa onde havia um terminal terrestre com ônibus para Paracas, fomos informados que ao lado havia ônibus de 15 em 15min para Pisco, pois para Paracas não havia, mas em Pisco poderíamos tomar um taxi para Paracas que ficava mais viável.
Quando o homem que havia insistido para irmos de taxi viu que realmente não iríamos ir de taxi, mas sim de ônibus, resolveu informar que deveríamos ir logo, pois ia haver uma carreteira que fecharia a estrada às 8h. Como essa história de carreteira já havíamos vivido, chegamos a conclusão que tudo era motivo para o povo falar que uma carreteira fecharia a estrada e não acreditamos.

Atravessamos a rua, andamos um quarteirão, viramos e logo ali estava o terminal terrestre repleto de ônibus. Fomos ao balcão de informações e fomos informados que havia várias empresas de ônibus que ia para Pisco e havia ônibus saindo de 15 em 15 min. Deveríamos pedir para descer no ‘cruzadeiro da Pan Americana’ e lá pegar um taxi para Paracas. Pan Americana é uma rodovia. Nos alertaram também que quando descêssemos em Pisco não sacássemos câmaras, carteiras ou outro objeto de valor, porque a incidência de assalto era muito grande.

Fomos a um dos guichês de ônibus e compramos nossas passagens, S/.4,00 por pessoa. Oh diferença para o preço do taxi. A viagem dura 1hora. Pela quantidade de ônibus saindo para Pisco e pelos horários oferecidos, tivemos a certeza que a história da carreteira não passava de balela para nos convencer a ir de taxi.

Pegamos o ônibus das 8:00h da empresa Peru Bus, assentos 11 e 12.
Rapidinho o ônibus chegou, colocamos nossas malas no bagageiro e seguimos viagem.

9:00h o ônibus chegou no local, ou seja no cruzamento. De Ica a Pisco são 75km.
O motorista desceu, retirou nossas malas e chamou um guarda e disse que iríamos querer um taxi para ir à Paracas e recomendou que ficássemos com o guarda até o taxi chegar.
Ficamos ali e em poucos minutos o taxi passou, o guarda chamou e informou que iríamos para Paracas. Achamos muito seguro e nos sentimos totalmente protegidos.

Perguntamos ao taxista quanto seria a corrida o qual informou que era S/.20,00, achamos o valor compatível e fomos.

Chegamos em Paracas as 9h:30min, pela distância tivemos a certeza que o valor foi merecido. A paisagem da viagem era interessante, foi possível ver que Pisco estava totalmente destruída devido ao terremoto. De Pisco a Paracas são 16km.

Total percorrido no dia 796km.

Finalmente chegamos ao hostal Refúgio Del Pirata, onde fomos recebidos pelo senhor Pedro, conforme programado pelo Yuri da agência de Arequipa. Sr.Pedro, muito simpático nos orientou que poderíamos deixar nossas malas no hotel e poderíamos andar pela cidade até a hora do passeio (11h).
Auto foto, ao fundo hostal Refúgio Del Pirata, o que tem várias bandeiras e fachada amarela. Hostal Refúgio Del Pirata – e-mail: refugiodelpirata@hotmail.com Fone: 056-545054 Gerente: Pedro Martin Ramos.

Como estávamos morrendo de fome, pois ainda não tínhamos comido nada, perguntamos onde poderíamos tomar café, ele indicou o 3º piso do hotel.
Deixamos nossas malas guardadas num depósito no hotel, pois o check-in só era feito às 10h.

Subimos e pedimos um desayuno americano (que é igual ao continental, acrescido de ovos mexidos).

O local do café da manhã do hotel era muito bonito e com uma vista maravilhosa.
Foto do local do café da manhã.
Depois de saciados fomos andar pela cidade foi quando meu deslumbramento iniciou, pois havia na beira mar vários pelicanos e gaivotas, todos mansos e pareciam já esperar que fotografássemos, lógico desde que não chegássemos a menos de 1m deles, rsrsrsrrs.

Matei a vontade de tirar fotos dos bichanos maravilhosos.

O interessante é que as aves são muito mansas e permitem que se chegue perto delas.
Não tem quem resista em não tirar várias fotos.
A reserva de “Paracas” é uma gigantesca zona protegida, possui uma das maiores reservas marinhas do Peru, abrigando mais de 200 tipos de aves e uma grande variedade de espécies aquáticas.
Muitas gaivotas.
Está localizada em uma zona de 335.000 hectares,que forma parte de um dos ecossistemas mais importantes do nosso planeta.
Ela é também muito importante para o planeta porque, em suas águas habitam uma grande variedade de peixes que através da pesca fornece alimento para o povo de “Pisco” e para a capital do Peru “Lima”.

A palavra “Paracas” significa em “Quechua” (Chuva de Areia), esta ilha foi chamada assim porque todas as tardes faz muito vento que agita a areia em toda zona.

As 11h em ponto o Sr. Pedro já estava nos esperando para nos levar até o micro ônibus que nos levaria para o tour pela Reserva de Paracas.

Fomos visitar por terra a “Reserva de Paracas” que nos permitiu desfrutar não só de bonitas paisagens do deserto,como também foi possível aprender sobre o antigo “Homen Paracas”, que habitou a reserva há mais de 2000 anos atrás, deixando como evidência em sua necrópole uma grande variedade de belos tecidos, que até hoje assombra o mundo moderno. Nosso guia era o Carlos Lovera

Adentramos no micro-ônibus, que não era lá esses confortos, mas....

Vimos que todos os ônibus que faziam tour por lá era do estilo do nosso e concluímos que era aquilo mesmo.

Nosso micro-ônibus estava cheio de turistas de todas as nacionalidades e o guia fazia as explicações em inglês e espanhol, pense no cara para falar bem o inglês.
Muito simpático e prestativo o guia. Foto ao lado do Luiz com nosso guia, Carlos.
Além de nós havia mais um casal de brasileiro, era de São Paulo. Estavam vindo da Bolívia e ainda iam para Cusco.

Primeira parada do tour foi Centro do Turista.
Nesse local é feita uma explicação de toda a região e é possível ver uma exposição de animais, conchas, e outras espécies marinhas existentes na região.
Infelizmente o museu está fechado porque as peças do museu foram todas levadas para o museu de Pisco no intuito de proteger as peças, pois a cidade de Paracas também foi muito danificada pelo terremoto.

De lá seguimos a pé para o mirador. Para chegar ao mirador se anda por um longo caminho de areia totalmente delimitado marcando onde se pode pisar é uma das formas de se preservar, já que todo o lugar é habitado por aves e seres marinhos que se reproduzem na região, durante o percurso é possível observar fósseis petrificados.

Chegando ao final do caminho é possível ver de muuuuito longe os flamingos. Bem essa parte não foi tão interessante, já que já havia visto flamingos em outras viagens.

Voltamos, pegamos o micro ônibus e seguimos para a Catedral.

A estrada de acesso a Catedral, embora pareça asfaltada, é feita de sal, água e areia compactados.
A 15 km tem uma mina de sal e o tráfego de caminhões carregando sal pode ser observado em todo caminho.


Da mesma forma o micro ônibus para em um local, caminha-se por um caminho delimitado por pedras, neste caso subindo em uma duna e lá de cima é possível avistar o que eles chamam de Catedral, que é uma formação rochosa causada pela erosão do mar e do vento.



Ela possui uma forma côncava que lembra as cúpulas das catedrais. Para nós moradores do Ceará, a primeira coisa que lembramos foi de Jericoacoara que também tem uma formação rochosa no mar.

A Catedral também estava danificada devido ao terremoto e ao tsunami.





Pegamos o micro ônibus e seguimos para a Lagunillas, que é uma vila de pescadores onde se pode almoçara deliciosos frutos do mar, e, quem quiser se atrever, tomar um gelado banho de mar.


No caminho ainda paramos em um local para tirarmos fotos e brincar de tentar tirar uma foto próximo do mar.

No local há alguns restaurantes, escolhemos o Restaurante Pilly, pois era o mais próximo do mar.
O almoço foi muito gostoso, pedimos uma Corvinha que é um peixe típico da região.
Uma delícia, mas o prato que o garçom disse que daria para dois, não era tão bem servido, mas dividimos e deu para satisfazer.
Comemos corvina frita com arroz, batata e salada verde.
Por coincidência, quando estávamos no restaurante um senhor, quando escutou nossa conversa, perguntou de onde éramos e falamos que éramos brasileiros do Ceará e ele, apesar de ser peruano, havia morado 20 anos em Quixadá, onde ainda hoje moram sua ex-mulher e seu filho. Pense na coincidência!
No local havia um grupo de corajosos que estavam acampando e tomando banho de mar de calção, como se estivesse o maior calor do mundo, mas na verdade fazia um frio considerável.
Acampar em Paracas e tudo de corajoso, rsrsrsrs

Foto de uma ave de bico vermelho, que linda!

Terminado o tempo destinado ao almoço, retornamos ao micro ônibus e seguimos em retorno à cidade.

O tour durou 4 horas, ou seja 15h estávamos em Paracas.

Chegamos ao hostal Refúgio Del Pirata, procuramos o Sr. Pedro e este nos informou que iríamos ficar hospedados no hostal El Amigo, que ficava próximo do que estávamos.

Não soubemos porque houve a mudança da hospedagem, mas, adoramos a idéia, porque já havíamos passado ao lado do hostal e tínhamos achado ele muito bonito, além dele ser 2 estrelas.

Fomos muito bem recebidos pela Sra. Luisa e subimos para nosso quarto. Uma maravilha, tudo que eu podia desejar, limpo, arrumado, arejado, ótimo, um banheiro limpíssimo, tudo de bom.
Hostal “El Amigo” e-mail: hostalelamigo@hotmail.com Fone: (051)056-545042 Celular: 9597-1420
Gerente: Luisa Rosário Guillen Ormeño.






Acomodamos a bagagem no quarto, trocamos de roupa, colocando roupa de banho e fomos para a praia no intuito de tomarmos banho de mar.
Na praia éramos uns estranhos no ninho, pois não havia ninguém tomando banho de mar, muito menos de roupa de praia, conclusão todo mundo olhava para nós.
Calçadão de Paracas, local onde acontece todo o movimento da cidade.
Verificamos que a água tinha muita, muita alga marinha e era extremamente gelada. Conclusão, só andamos pela praia, tiramos muitas fotos com os pássaros. Passeando por lá encontramos novamente o casal de paulista, estavam passeando, fazendo hora para esperar o horário do ônibus, pois iriam pagar naquela tarde mesmo o ônibus para Arequipa.

Voltamos para o hostal quando já estava anoitecendo. Tomamos um banho e fomos descansar no intuito de a noite curtir a vida noturna da cidade.

Acordamos as 19h, nos aprontamos e saímos para curtir a night. Que ledo engano, a beira-mar estava mais deserta, pouquíssimas pessoas na rua e os restaurantes quase vazios.

Escolhemos o Restaurante Juan Pablo para jantar. Pedimos um Chincharrone de Linguado (S/.24,00), um Pescado ao Alho (S/.20,00).
Foto ao lado é o Pescado ao Alho. Abaixo a foto do Chincharrone de Linguado.
Ambos os pratos estavam deliciosos, mas o chincharrone estava impecável.
Quando terminamos de jantar o restaurante estava fechando, chegaram duas gringas pedindo para comer e nada conseguiram, os demais restaurantes também estavam fechando, ou seja, se quiser jantar em Paracas vá atrás antes das 22h porque depois disso não se encontra mais nada na cidade
O interessante é que havia um restaurante chamado Bahia, mas o dono não era brasileiro.

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