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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

domingo, 2 de agosto de 2015

8º Dia (25/07 - sábado) Porto Velho (RO) - Rio Branco (AC)

O descanso no hotel Madeira Mármore foi maravilhoso, quarto amplo, limpeza excelente, silêncio,  tudo perfeito. Pingo desmaiou devido a canseira do sacolejo na estrada de terra.

Acordamos as 6h45min, horário local que é uma hora a menos que Fortaleza. Calmamente realizamos nossos procedimentos de partida. Quando estávamos colocando as bagagens no carro, o dono do hotel, Sr. Davi Alencar, viu que nosso carro tinha placa de Fortaleza e logo puxou conversa com o Luiz. Pelas condições de poeira que o carro se encontrava, ele percebeu que tínhamos vindo pela transamazônica e quis saber como tinha sido a viagem. Detalhe, o pai dele era de Lavras da Mangabeira  (CE) e o Sr. Davi quis saber quais as condições da estrada, pois queria fazer o mesmo percurso para ir até a cidade natal dos parentes paterno.

Finalmente, após uma conversa quase interminável, partimos às 8h55min. No afã de pegar a saída da cidade em direção ao Rio Branco, esquecemos de abastecer o carro e quando pegamos a BR 364 não tinha posto de gasolina. Paramos para perguntar e nos informaram que o próximo posto ficava a 12km. Retornar não compensava, e pelos cálculos o combustível dava para chegar. Contudo, ao chegarmos no posto, lá não vendia combustível diesel S 10, que é o recomendado para veículos a diesel fabricados a partir de 2004 (acho que é esse ano). Agora não tinha mais jeito, quebramos nossa regra número um, TANQUE CHEIO SEMPRE, só nos restava seguir em frente e torcer para o combustível ser suficiente para rodar mais 60km, distância que nos separava do próximo posto.

Ufa! Chegamos. O posto ficava na cidade de Jaci Paraná. Enchemos o tanque, que pegou 63,3 l, o que nos deixou admirado, pois ainda havia 16 l no tanque, mesmo tendo andado 664km,  sendo 385km de estrada de chão extremamente esburacada, sendo o restante em asfalto.

 Ao longo da estrada a água represada em virtude da Barragem do Jirau.
A população aproveita e realizam pescaria e ao longo de toda rodovia é possível ver grupos de pessoas pescando.

Ao lado a antiga ferrovia Madeira Mármore. 

Agora sim, tanque cheio, vamos em frente. A estrada estava excelente, esse percurso, até o cruzamento com a BR 425 já havíamos feito em ..., oportunidade em que fomos conhecer Rondônia. O trecho Fortaleza-Porto Velho percorremos de avião e lá alugamos um carro e fomos a várias cidade, inclusive até Guajará-Mirim, mas essa é uma outra história. Naquela época esse trecho da estrada estava em obras, estavam fazendo uma via mais elevada, pois com a construção da usina hidrelétrica de Jirau a via existente ficaria debaixo d'água.

Abaixo o restaurante Castelinho que existe ao longo da rodovia.



Chegamos em Abunã  ao meio dia, nessa cidade tinha mais uma travessia de balsa. Então decidimos almoçar antes de atravessar. Eu estava louca para comer um peixinho fresco, pois ao longo da estrada vimos muitas pessoas pescando nas águas da barragem.

Depois de tirarmos fotos do marco da cidade, construído em 07 de setembro de 1922, da antiga estação ferroviária, do trem e do guindaste, parte histórica da antiga ferrovia Madeira-Marmoré, fomos ver onde almoçar.

 Guincho antigo utilizado pra carregar os trens na ferrovia Madeira-Marmoré 
Marco da cidade, construído em 07 de setembro de 1922.
 Trem antigo que trafegava na ferrovia Madeira-Marmoré 
Antiga estação de trem.

O Luiz falou para comermos no restaurante que havia no posto de gasolina, mas eu queria comer mais próximo da balsa, achando que lá teria um maravilhoso restaurante. Paramos para perguntar a uma mulher que caminhava na estrada. Senhora, onde tem um restaurante que venda um bom peixe. Ela de pronto respondeu: "Lá onde tem a balsa tem vários pontos de venda de peixe frito na hora, cada um melhor que outro. Vocês vão para lá?" Ao que respondemos afirmativamente, ela logo perguntou: "Podem me dar uma carona?"

Lá fomos nós dar uma carona para a Sra. Cleide, que ainda pediu para esperarmos ela pegar uma bolsa numa casa que ficava a 200m  de onde estávamos. Ela foi no banco da frente e eu dividi o banco de trás com o Pingo.

Chegando lá,  ela nos levou a barraca 'o Espetinho do Sampaio", local onde ela trabalha. Bom, aí estava na situação do sem jeito, pois só havia no local barracas de venda de espetinho e peixe frito. Pedimos um peixe frito (piratininga) com baião e uma galinha com arroz e feijão, pois os pratos eram individuais. Ainda veio salada de tomate e farinha, olha só que chique! Apesar da simplicidade, estava tudo gostoso, só a galinha que tinha muito óleo.

 Local onde almoçamos.
 Luiz indo comprar o bilhete para embarcar na balsa.
 E lá vamos nós..

 Em breve não haverá mais balsa olha a ponte sendo construída.



Pingo só se divertindo. Ele adora atravessar de balsa, mas fica louco para pular na água.

Comemos e fomos pegar a fila para entrar na balsa, que não demorou, às 13h15min já estávamos estacionados na balsa. Durante a travessia um garoto me pediu para tirar foto com o Pingo, fiz um book de fotos, todas no celular dele, acabei esquecendo de tirar uma foto com minha máquina. Ah, não posso deixar de registrar que a ponte para travessia se encontra em construção. A travessia durou 15 minutos.

Agora era só seguir a rodovia até chegar no Rio Branco, sem parar.  Só que não,  a poucos quilômetros após a passagem da balsa, o Luiz parou o carro no acostamento e saiu correndo pedindo o papel higiênico,  teve uma súbita diarréia. Logo mais a frente paramos novamente para mais uma sessão,  kkkkk e foi - se o almoço. Então, ele decidiu tomar o santo remédio, imosec, ou como ele chama, tapa cú. Então conseguimos seguir viagem sem outras paradas.

A estrada até a divisa com o Acre estava ótima,  apesar de alguns trechos estar em obras. Contudo, alguns quilômetros após a divisa começou a buraqueira, que mais pareciam crateras. Vale salientar, que estrada de asfalto com buraco é pior que estrada de terra.



Percorrer as rodovias do Acre e conhecer Rio Branco significa que agora só ficará faltando um estado do Brasil para conhecermos, Santa Catarina.

Chegamos em Rio Branco as 17h13min e abastecemos no posto da entrada da cidade. Eu já tinha um hotel Petfriends (aceita animais domésticos) selecionado, o Pinheiro Palace Hotel, contudo sua localização era no centro da cidade e fiquei  com receio de não ser um bom local, pois em geral os centros de capital são muito movimentados, o que não seria agradável para o Pingo. Como chegamos cedo e nessa cidade a permanência seria de 3 noites e  2 dias, nos demos o luxo de procurar outro hotel Petfriends. Localizei outros hotéis na Internet e comecei a ligar, encontrei um outro Petfriends, num bairro mais afastado, pela Internet as acomodações pareciam boas e a diária tinha um valor um pouco superior ao Pinheiro. Então, resolvi olhar um  e depois o outro, iniciando com o Pinheiro.

A primeira impressão do Pinheiro Palace foi positiva, apesar da localização no centro da capital, o local é diferente da maioria das capitais brasileira, pois não tem o mesmo movimento de trânsito e gente, adoramos o local, próximo a praça para caminhada, restaurantes e bares. Além disso, quando fui ver o apartamento me apaixonei a primeira vista, amplo, limpo, tinha banheiro com condição favorável para dar uma  banho no Pingo, tudo ótimo. Mesmo assim, fomos ver o outro hotel. A localização já não agradou muito, não havia nenhum comércio próximo. Fui ver o apartamento, apesar de limpo, organizado etc, o tamanho era muuuuito menor que o outro e tinha um banheiro super apertado. Ficar tempo prolongado em um cubículo não seria nada confortável, ainda mais pagando mais caro. Não havia comparação,  ficar no Pinheiro Palace Hotel seria a escolha certa, e assim  fizemos.

Para completar nossa satisfação na escolha pelo Pinheiro, o rapaz da recepção ainda nos colocou em um quarto maior do que o que eu tinha visto, motivo que ele explicou. Vou colocar vocês num apartamento mais amplo pelo mesmo preço daquele que mostrei, assim o cachorro fica melhor acomodado. Pensei comigo, sabe que viajar com meu Pet está sendo vantajoso.... Quando adentrei no quarto fiquei encantada, ele era ainda melhor e mais confortável do que aquele que eu tinha visto.

Procedimento básico e necessário, além de fazer check in, era retirar toda a bagagem do carro, pois no domingo ele seria lavado e na segunda iria para revisão, então precisaria estar limpo e vazio. O Pingo ao entrar no quarto ficou encantado com a sacada que permitia a visão da piscina e fez os procedimentos básicos dele, não,  não pensem que é fazer xixi, isso ele não faz de forma alguma, ele cheirou todos os centímetros quadrados do apartamento.

Bagagem arrumada no quarto, hora de tomar um mega banho relaxante, se emperequetar e ganhar a rua. Hoje nós precisávamos encontrar um bom local para comer e tomar um uísque.  Ok, todos prontos para a night, vamos ao endereço que o Google indica como sendo um excelente restaurante. Pronto, chegamos, mas cadê o restaurante? Tudo fechado, fechado! Ué,  será que o Google errou novamente? Perguntamos num posto próximo e fomos informados que diversos restaurantes na cidade não funcionam a noite. Valha! Dessa nós nunca tínhamos visto em uma capital. Fomos então a um restaurante que ficava próximo ao hotel e que nos informaram que funcionava a noite, A Princesinha, o nome me deixou desconfiada, pensei logo: "Ih! Deve ser uma birosca." Contudo nos surpreendemos, local excelente, aberto, o que permitia que o Pingo ficasse conosco e uma comida divina. Comemos peixe (filhote grelhado com arroz e purê).

Alguns detalhes interessantes da viagem, o Luiz está realizando o sonho dele de dirigir o trecho em terra da transamazônica e eu estou, finalmente, realizando o meu sonho de escrever meu diário de viagem dentro do carro, enquanto ele dirige.  Sempre desejei um equipamento que permitisse digitar no carro. Primeiro eu comprei um notebook, que não deu certo, pesava demais e não era prático para digitar. Depois comprei um tablet da Motorola,  melhorou, mas ainda não permitia a condição ideal para digitação. Agora encontrei o equipamento ideal, o tablet Note da Sansung, perfeito, tudo que sonhei, digitar e curtir a paisagem, já que consigo digitar sem olhar para o teclado e esse responde bem aos toques de digitação. Na estrada de terra, lógico, que não é possível digitar, mas no asfalto, consigo realizar bem o procedimento.

Outra importante observação,  a sugestão do Luiz de fazermos a bagagem em diversas pequenas bolsas de viagem está sendo perfeita, algumas com roupas para 3 ou 4 dias, uma só com calçados, uma com travesseiro, lençol e pijamas, uma com equipamentos, fios e remédios e uma com produtos cosméticos. Em cada parada descemos com pequenas bolsas, ficou fácil de carregar e descarregar e não pesa. A idéia de trazer o isopor plástico para levar água também está sendo ótimo, fica bom para o Pingo, pois aumenta a área para ele deitar e, mesmo sem colocar gelo, mantém a água gelada.

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente o blog. Em relação às bagagens para viagem de carro também usamos valises médias. Malas grandes só para viagens de avião.

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