Abaixo a igreja matriz da cidade de Apuí.
Saímos do hotel às 8h20min e fomos abastecer, pois a regra tanque cheio não podia ser pedida de vista. Seguimos pela via em terra, nesse trecho o movimento de carros estava menor, mas em compensação, quando um carro transpassava ou ultrapassava, a quantidade de poeira era imensa.
Decidimos parar logo após passar uma das pontes de madeira para descer e fotografar a ponte antiga da estrada. Foi muito interessante, bom para esticar as pernas e fazer pipi stop nos matos, rsrsrsr.
Passando a ponte, e eu contando a quantidade de ponte do percurso.
Ponte do Rio do Peixe. Pingo adora essas paradas.
Olha lá a ponte antiga, vamos descer até lá.
Luiz fazendo de conta que está dirigindo um carro na ponte antiga e imaginando como era emocionante passar de carro por ali.
Lá em cima a ponte nova.
E eu porque também mereço ser fotografada, rsrsrsr.
O trecho a ser atravessado de balsa era pequeno, não havia nenhum carro esperando para ir no mesmo sentido nosso e nenhum em sentido contrário e a balsa estava do outro lado do rio. Logo que nos viu, ela atravessou para nos pegar. Aproveitando a oportunidade da espera da travessia da balsa para nos pegar, a cristalina água, a cor vermelha do Pingo devido à poeira e a imensa vontade que ele fica de nadar quando percebe que o carro se aproximar de água, desci do carro e abri a porta dele e soltei. Ele foi correndo feliz e se atirou na água, satisfeito. .. O Luiz admirado, falou: "Você soltou o Pingo! Ele vai se molhar e não vai dar tempo de secar antes da balsa chegar, vai molhar e sujar todo o carro." No que eu respondi: "E para que foi que eu trouxe o kit banho de rio e de cachoeira dele? Vou aproveitar e usar, antes dele sair da água. Eu carrego ele é você me da a toalha de banho dele que eu enxugo, deixo ele quase seco."
Olha lá a balsa que apareceu sem estar previsto no Google maps.
Eita, que o Pingo adora nadar, lá vai ele...
Já era, agora ele vai nadar e olha que água maravilhosa, limpa e sem lama no fundo e que visual...
A balsa está lá do outro lado e é para lá que nós vamos assim que ela nos levar.
Olha lá o Luiz
E assim foi. O Luiz me entregou a toalha quando a balsa já se aproximava, foi tratar de entrar na balsa e eu fiquei enxugando o Pingo. Como só tinha o nosso carro para atravessar, mal o carro subiu, o rapaz da balsa já começou o procedimento de subir as pranchas. Vendo que ele ia partir sem eu e o Pingo, tratei de gritar: "Ei moço, espera por mim que eu estou também nesse carro." Subi na balsa carregando o Pingo (Ah, quanto ele pesa? Só 14kg), coloquei ele dentro do carro e terminei de enxugar. Pense como ele gostou do banho rápido que ele tomou no rio... A alegria dele compensou a quase perca da balsa, rsrsrrs. Ficou novamente branco e não sujou nadinha o carro. Detalhe, logo que eles atravessaram nosso carro eles pararam a balsa para ir almoçar. Ou seja, se tivéssemos chegado 5 min depois teríamos que esperar eles voltarem do almoço, pois só havia uma bala nesse local.
Olha lá o Luiz embarcando o carro.
Vai subindo, vou fotografar tudinho, depois eu vou.
Ei, moço, espera aí, eu estou nesse carro também, espera por mim e pelo Pingo o o o o.
Ufa! Aqui estamos nós, felizes e o Pingo tirou a poeira e está refrescado.
Esse Barquinho aí do lado é que transporta a balsa por meio de um engate.
Olha lá, um monte de borboletas!
É para lá que vamos.
Bela borboleta que merece registro.
Olha eu aqui, não fiquei não, rsrsrsrs.
Continuamos nosso trajeto e seguem algumas fotos.
Todas de madeira que devem ter caído de algum caminhão e ficou na estrada, visto não ter como carregar, pois precisaria de um caminhão munck.
Olha lá vem o transporte escolar...
Uma localidade, sempre há algum lugar para comer, para dormir...
É esse o local de comer hoje. Muita poeira na estrada, mas vamos ver o que temos lá para comer.
A comida estava espetacular, jamais eu podia imaginar encontrar uma comida tão saborosa no meio daquela poeira. E olhem que eu nem estava com fome. Além da polenta, tinha feijão, arroz, rúcula e alface produzido por eles, tomate, beterraba cozida, frango caipira cozido, carne de panela, boi ralado (ou carne moída, como queirão) e outras coisas mais. Saímos de lá super satisfeitos, pois a informação que tínhamos era que naquele trecho de 400km não haveria nada na estrada, nem restaurante e nem hotel.
Olha aí meu prato com polenta, rúcula, alface, carne moída, arroz e frango
O prato do Luiz.
Quem foi que disse que nesse trecho da rodovia não tem nada, olha aí a propaganda do hotel.
O fogão à lenha, a comida fica deliciosa quando cozida nele.
Mais uma vista do restaurante.
Nada disso, além desse encontramos mais a frente, no que eles chamam de 180 (por ser o km 180) vários outros restaurantes e também hotéis, dentre eles o hotel Amazônia e o Hotel Tropical, este super arrumado e novo. Fica a dica para os que forem fazer o percurso.
No trecho que se seguiu, passamos por algumas aldeias indígenas, belas paisagens da natureza, mas bicho que é bom mesmo e que queríamos ver, só vimos sombras de urubus, nem inseto para nos picar apareceu...
Chegamos à última balsa do trecho às 16h46min e havia uma fila de carros para atravessar. Do outro lado estava a cidade de Humaitá. Agora era ter paciência e esperar chegar nossa vez e para isso, nada melhor que apreciar o movimento dos habitantes da região e registrar belas imagens.
Olha lá a chuva caindo..
Às 17h32min desembarcamos em Humaitá e festejamos o cumprimento com êxito de nossa primeira meta. O sol ainda estava alto e fomos dar uma volta na cidade para conhecer.
A catedral.
A beira rio.
Nós e o Pingo.
Mais fotos da beira rio.
A Prefeitura.
Fotos, caminhada a pé na beira rio e pensar em qual caminho tomar, ir até Lábria, cidade onde termina a transamazônica, que ficava a 200km dali, ainda em estrada de chão, ou finalizar o trecho em terra e seguir para Porto Velho. Como o trecho até Lábria tinha sido recentemente patrolado (passado a máquina patrol para regularização), significando que não teria nenhuma aventura, o Luiz achou melhor seguirmos para o asfalto. Além disso, se fossemos à Lábria, teríamos que voltar pelo mesmo caminho, pois não há outra estrada. Então, decisão tomada, voltemos à estrada, pois hoje o destino é dormir em Porto Velho, que fica a 200km de Humaitá. Agora é só asfalto, Pingo chega suspirou quando o carro desligou no asfalto e ele pode tirar aquela soneca, kkkkkk, porque nós dias anteriores o pula pula do carro não permitia ele dormir, kkkkkk.
Chegamos em Porto Velho e fomos direto para o Hotel Madeira Mármore, o qual eu já havia feito contato e tinha a informação de que aceitava cachorro.
Contudo, quando o carro estava parando na frente do hotel o Pingo começou a latir, como ele sempre faz, alegre querendo ser o primeiro a descer do carro, e não parava mais. Bom, desci e fui à recepção fazer o check in, aí a mulher que me atendeu disse: "só aceitamos cachorros pequenos". Como sempre, eu afirmei: "Ele é pequeno" Ao que ela disse: "Deixe eu dar uma olhada". Fomos até o carro e Pingo continuava com seu latido de tenor. A mulher com os olhos arregalados afirmou: "Ele é muito grande, acho que não pode." Logo eu disse: "Minha senhora, eu entrei em contato com vocês previamente e informei o tamanho do Pingo e vocês informaram que recebiam. Olha ele está latindo assim porque está morto de feliz que chegou da viagem para descansar, assim que ele descer do carro ele para de latir e vai ficar quieto, não vai incomodar ninguém não. "
Finalmente ela cedeu e resolveu nos receber e acho que o Pingo conquistou a recepcionista do hotel, pois ela acabou nos colocando em um quarto maior, na verdade um flat, com ante sala, quarto, cozinha, banheiro, super amplo e disse: "Vou colocar vocês num flat que tenho pelo mesmo preço do apartamento para casal, assim o cachorro fica melhor acomodado." Esse Pingo é um conquistador mesmo.
Abrigados, cansados e ainda sem nenhuma opção de restaurante no entorno do hotel, resolvemos pedir uma pizza. Infelizmente quando ela chegou nos arrependemos, estava horrível. Só que já estava na casa do sem jeito, era comer algo e ir dormir.
E assim finalizou mais um dia...
Hoje passamos por apenas 22 pontes, todas em madeira.
DISTÂNCIA PERCORRIDA NO DIA 580 km, dos quais 384 em estrada de chão.
Aqui deixo um resumo do trecho da transamazônica que liga as cidades de Tocantinópolis a Humaitá. A distância percorrida, considerando as entradas nas cidades onde dormimos, foi de 2.222km, dos quais 1.833km em estrada de chão, passando por 151 pontes, atravessando 07 balsas e realizado em 05 dias. Em média, foi percorrido 444 km por dia e o maior trecho em terra percorrido em um dia foi de 639 km, realizado em 14 horas, ou seja, velocidade média de 45km/h.
Agora segue nossa opinião sobre a realização do percurso. A primeira coisa é, se você tem desejo de fazer algo, corra em busca da realização de seus sonhos, o momento dele se realizar pode não ser aquele que você imaginava, mas se você não desistir, o dia certo chegará. Obtenha o maior número de informações possíveis, mas não deixe que a opinião de uma ou outra pessoa seja fator desestimulador, passe pela experiência e tenha sua própria opinião, pois o que para uma pessoa pode ser ruim, para você pode ser muito bom. Uma coisa importante, não existem lugares desabitados, sempre você encontrará um local para comer, um abrigo para dormir e alguma pessoa boa para lhe ajudar.
Percorrer esse trecho da transamazônica, enquanto o asfalto não chega e já está chegando, é para aqueles que gostam de desafios no estilo rally. Se você pretende ver floresta, bichos, tomar banho de rio ou cachoeira etc. procure outro lugar, pois a mata no entorno dessa rodovia já foi devastada. Esteja certo que no percurso você encontrará boa comida para comer e há hotéis por todas as cidades que passamos.
No mais ficam os nossos agradecimentos a todos aqueles que contribuíram com informações e dicas para nossa viagem, dentre eles, o Sampaio, que passou valiosas informações, principalmente, a orientação para tomar muito cuidado com sombras de árvores, pois os buracos lá existentes ficam invisíveis, o que é verdade. Aqui fica o nosso conselho para os que forem fazer o percurso, cautela, paciência e tranquilidade.
Um comentário:
Continua excelente o blog. Achei interessante que o Pingo tem se mostrado um excelente companheiro de viagem, ne?
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