Quem sou eu

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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

domingo, 23 de agosto de 2015

13º Dia (30/07 - quinta) – Cusco dia inteiro


Levantei cedo, mesmo sem ter hora para acordar. A programação era passar o dia curtindo a cidade sem compromissos com horários. Vesti-me bem agasalhada e fui caminhar com Pingo que já estava com seu agasalho (dormiu com ele, rsrsrrs). Saímos em silêncio para não acordar o Luiz, assim ele dormiria mais um pouco, pois o dia anterior havia sido muito cansativo para ele. Estava bastante frio e foi bom termos saído bem agasalhados.
 
 Modelito que o Pingo usou nesse dia em Cusco. Estão vendo como sou elegante.
Vamos caminhar?

Com o dia claro, foi possível ter uma melhor noção do local onde estávamos hospedados. A rua Calle Nueva Alta era muito estreita, assim como as calçadas que a ladeavam, o trânsito de veículos era intenso. Havia muitas casas e comércios de todo tipo. Em frente ao hotel havia uma minúscula praça e o local onde o carro estava estacionado, que era uma oficina mecânica. Logo que iniciamos a caminhada, encontramos um lindo cão branco, de olhos azuis, parecia de raça, se era ou não, não sei, mas sei que era um cão de rua. Ambos (Pingo e ele) se cheiraram, tirei fotos deles e continuamos. Passados alguns quarteirões vi o hotel Tambo del Arriero, aquele que eu tinha planejado ficar e estava lotado. Era um hotel grande, majestoso, mas certamente não era melhor do que nós estávamos, pois não havia nenhum sinal de ter estacionamento para carro. Eu nem sabia qual o nome do hotel que eu estava, se haviam me dito na noite anterior, eu não me lembrava mais, devido ao mal estar pelo qual passei, mas só o fato de estar bem confortável e ter encontrado um local para nos abrigar tive a certeza que estávamos no melhor local da cidade.

 Olha aí que coisa mais linda! Dá vontade de levar para casa.
Pingo e o amigo de rua se conhecendo, ele deveria estar pensando: "Que cara mais fresco com essa roupa estranha, deve ser turista, só pode!"

Continuamos a caminhar, meu objetivo era ir até a Plaza de Armas e tirar algumas fotos. Estava muito agradável o percurso observando as pessoas transitando para lá e para cá. Contudo, quando faltava pouco para chegarmos no objetivo planejado, de repente, uma rajada de fogos estourou e quase matou o Pingo do coração. Conclusão, a diversão acabou, pois Pingo mooooorrre de medo de fogos. Na mesma hora ele deu meia volta e puxou para voltar para o hotel. Ele estava desesperado para sair daquele lugar a qualquer custo. Devido ao intenso trânsito de pessoas e veículos, decidi carrega-lo e retornar ao hotel.
 
Essa são folhas de coca, que serve para combater o 'soroche' ou mal da altitude. No Peru é comum mastigar as folhas ou tomar o chá delas.
 
De volta ao hotel, acordei o Luiz. Acho que fomos os últimos hóspedes a descer para tomar café da manhã. A Sra. Sônia, dona do hotel, veio nos servir, trazendo, leite, café, geleia, suco de laranja, pães, manteiga, ovos mexidos e queijo (conforme já expliquei, esse procedimento é feito de forma pessoal, quase que familiar). Ela, gentilmente, perguntou se tínhamos dormimos bem e se estávamos melhor. Afirmamos que sim e que não estávamos mais sentido nenhum efeito da altitude. Perguntei o nome do hotel e ela informou que era La Casa de mi Abuelo (que significa A Casa do meu Avô), achei interessante, era dessa forma que estávamos nos sentindo, como se estivéssemos na casa de familiares de tão aconchegante era o lugar. O site para quem desejar ficar bem hospedado em Cusco é: http://spanish.lacasademiabuelo.com/. O hotel fica a poucas quadras da Plaza de Armas.

Alimentados e prontos para passear, já íamos sair com o carro, quando Abdeel, filho da Sra. Sônia e que havia sido extremamente gentil e atencioso conosco na noite anterior, disse que não era aconselhável ir com o carro, pois é proibido estacionar carros nas ruas dos pontos turísticos e seria muito difícil acharmos vagas em ruas próximas. Passar o dia caminhando para nós não seria nenhum problema, é o que geralmente fazemos em nossas viagens à passeio. Contudo, a preocupação era com o Pingo que tem muito medo de caminhões e ônibus e se houvesse outra rajada de fogos ficaria difícil caminhar com ele. Além disso, tinha a questão do almoço, pois não é todo restaurante que aceita a presença de animais. Durante a viagem quando isso aconteceu ele ficou no carro, mas sem essa opção provavelmente nos restaria comer um lanche sentados na praça, rsrsrsr.

Mas, se esse era o única forma de passearmos pela cidade, então tratei de organizar uma pequena bolsa com alguns itens necessários para o Pingo (ração, água, duas vasilhas, uma para água e outra para ração, saco para coletar cocô e uma toalhinha, caso fosse necessário) e também para nós (luvas, cachecol, chapéu etc.) e lá fomos nós, caminhando e cantando pelas ruas de Cusco num dia ensolarado de julho.....
 
No início da caminhada, quando passamos em frente da oficina onde o carro estava estacionado, Pingo puxou para atravessar a rua. Resolvi ir para onde ele puxava, só para ver onde ele iria, duvidando que ele saberia onde o carro estava, já que na noite anterior ele saiu do carro antes do Luiz estacionar. Não deu outra, adentrou pela oficina, indo parar exatamente onde o carro estava, kkkk, e me olhou quase que dizendo “pode abrir que eu pulo para irmos de carro passear.”, kkkk só que não, kkkk, o dia era de passeio a pé e guiei ele para nosso trajeto. O trânsito já estava caótico, carros, ônibus, toc toc, transeuntes, eita! Era um tal de ir e vir. Acho que ele estava pensando: "Ei, para onde vocês estão pensando em me levar a pé nesse trânsito louco?  Cadê o carro, cadê o carro? Só vou se for no conforto do meu carro? Onde está a associação protetora dos animais deste país, quero fazer uma denúncia."

 Contudo, vendo que não estávamos dando muita importância para sua resistência em caminhar, acabou se conformando com seu dia de tracking e passou a andar galante ao nosso lado. Não preciso dizer que ele chamou atenção por onde passou, pois além de já ser belo por natureza, estava vestido com camiseta por baixo e casaco de frio por cima, ambos na cor verde e era o único cão com coleira e guia acompanhado dos donos passeando nas ruas de Cusco.

 
 Plaza de Armas - Cusco
 
 Olhem a guarda de trânsito. Como tem isso no Peru e como apitam...

As construções são lindas e grandiosas.
 
Antes de qualquer outra coisa, fomos procurar uma loja de venda de chip de celular para resolver o problema do não funcionamento do chip que eu havia comprado em Puerto Maldonado. Após entrarmos em alguns comércios de venda, informaram que teríamos que ir na própria loja da operadora (Movistar). Após caminharmos vários quarteirões, finalmente encontramos uma loja. O atendimento foi rápido, assim como a identificação do problema. Não havia sido realizado o cadastro do chip, procedimento este que precisa informar o nome e cpf do portador do chip. Detalhe, o cpf tem que ser de uma pessoa registrada no Peru. Conclusão, eu jamais resolveria o problema sozinha. Então o rapaz, gentilmente, realizou o procedimento utilizando seus dados para o cadastro e, finalmente, meu tablet passou a ter acesso de rede e voz e eu fiquei tranquila, pois sem internet ficava inviável todas as minhas pesquisas, tais como locais onde ir, hotéis em outras cidades. O acesso à internet naquele momento era imprescindível, já que nossa programação previa ir para outras duas cidades no Peru, Abancay e Ayacucho, e não estávamos dispostos a passar pela aflição da noite anterior sem ter hotel reservado para ficarmos hospedados.

 Resolvida a questão do chip, seguimos em direção à Plaza de Armas. No percurso fui fotografando o curtindo tudo. Por todo lado havia pessoas com panfletos na mão anunciando passeios turísticos para venda. Vez por outra, quando a pessoa me parava para tentar vender o passeio eu respondia apontando para o Pingo: “Cachorro pode também ir no passeio?” Eu já sabia que a resposta seria negativa (os passeios são feitos em micro-ônibus e a maioria deles levam a lugares cuja entrada de animais é proibida), fazia a pergunta mesmo só para que o vendedor não ficasse insistindo, não estávamos interessados em fazer nenhum passeio, pois tínhamos conhecido, em 2008, todos os pontos turísticos da cidade. 


Já estávamos nas imediações da Plaza de Armas, quando um rapaz, que também estava vendendo passeios turísticos, ao ouvir minha pergunta se o cachorro poderia ir, respondeu: “É pode ser, podemos dar um jeito nisso.” Com a resposta dele, resolvi continuar a conversa só para saber qual seria o jeito que ele daria. E foi aí que o Luiz falou baixinho para mim: “Pergunta se ele conhece o Côco.” Ao que eu respondi: “Luiz, você acha que no meio de centenas de agenciadores de passeios turísticos que tem aqui ele vai conhecer o Côco? Não tem nem perigo.” Ele insistiu: “Mas, pergunta, não custa nada mesmo.”

 Côco, para contextualizar, foi um rapaz, que em 2008, eu entrei em contato por meio do Orkut (eita! Naquela época não tinha facebook, rsrsr era a febre do Orkut, rsrsrrs). Ele trabalhava como guia turístico em Cusco e organizou para nós alguns passeios (o hotel em Águas Calientes, a visita à Machu Pichu, um outro passeio nas redondezas) e ainda nos levou conhecer uma salineira (local de extração de sal), tudo que ele fez para nós foi perfeito. A partir daí formou-se uma boa amizade e mantive contato com ele por alguns anos, mas depois, com a extinção do Orkut e mudanças de e-mail, perdemos contato.

 Resolvi, então, seguir a orientação do Luiz e perguntei se ele conhecia o Côco, ao que ele respondeu: “Sim, conheço, ele é meu primo.” Bom, a primeira coisa que me veio na cabeça foi que ele estava falando aquilo para nos agradar e tentar vender o passeio. Lógico que ele não ia conhecer justamente a mesma pessoa que eu estava falando, seria coincidência demais, pois no meio daquele turbilhão de agenciadores de passeios turísticos eu não iria parar e perguntar justamente para o primo da pessoa que conheci em 2008, a exatos sete anos atrás. Então falei: “Ah, mas o Côco que é seu primo não deve ser o mesmo que eu conheço.” Ao que ele respondeu: “Deve ser sim porque só existe um Côco aqui em Cusco, se vocês quiserem eu levo vocês até a agência de viagem e podem encontrar com ele lá.” Ainda incrédula e pensando que ele queria nos levar até a agência para nos aproximar mais do local da venda e tentar a qualquer custo nos vender um passeio, aceitei e disse que gostaria demais de reencontrar o Côco. Então, ele ligou para o primo, falou que estava com um casal que dizia conhecê-lo e queria vê-lo. Fomos até a agência, ele não estava lá, mas o rapaz disse que chegaria em alguns minutos. Então esperamos um pouco e logo depois, adivinhem quem entra na loja? Exatamente o Côco que havíamos conhecido em 2008. Foi uma alegria só com abraços e sorrisos de todos. Bom, nessas alturas, se tínhamos dúvidas que nossa viagem estava sendo acompanhada pelos anjos e santos, agora não restava mais nenhuma. Como diz uma amiga minha chamada Lízia, isso não era coincidência, certamente estávamos diante de várias providências Divinas.


 
 Nós e nosso amigo peruano Côco


Após colocarmos os papos em dia, pegar algumas informações de locais que poderíamos conhecer, registramos o grande momento com fotos, trocamos nossos contatos e nos despedimos. Ficamos repletos de alegria e satisfação pelo pouco, mas grandioso momento de reencontro. Em 2008, quando conhecemos Côco, ele trabalhava para uma agência de turismo como funcionário e estava noivo. Agora ele estava com sua própria agência de turismo, casado e com uma filha. Foi muito prazeroso nosso reencontro.
 

Nós, Côco, Pingo e o banner da agência de turismo dele, a Machu Picchu Peru Tours.

Fica a dica para quem for ao Peru e quiser fazer bons passeio, entrem em contato com Côco, por meio do site: www.machupicchuperutours.com

Fomos, então, para Plaza de Armas, tiramos fotos, sentamos em um dos bancos e ficamos apreciando o ir e vir das pessoas, curtindo aquele momento.

 O céu estava nos brindando com sol e a ausência de nuvens que deixou as fotos ainda mais belas.

 Nós e a estátua do imperador Pachacútec - o imperador que consolidou o império e modelou a cidade. A cidade foi projetada com a forma de um puma e a estátua aponta para o que seria sua cabeça, a Fortaleza de Sacsayhuamán.
 
Esta é a igreja da Companhia de Jesus, tem a fachada tão imponente que muitos pensam se tratar da catedral da cidade. Mas a catedral fica a poucos metros, na lateral da praça. Além da fachada majestosa, tem como destaque um altar revestido de ouro e pinturas da Escola de Cusco, a arte peruana dos séculos XVII e XVIII que inseriu temas locais em pinturas sacras.

Depois, resolvemos ir a um restaurante, sentar, beliscar algo e fazer minhas pesquisas de hospedagem para tentar conseguir realizar uma reserva, que nos garantisse a dormida em uma próxima cidade. Eu queria ficar num dos restaurantes que funcionam no andar superior com sacadas para poder ficar apreciando a Plaza de Armas. O Luiz acreditava que nenhum daqueles iria aceitar a entrada do Pingo. Resolvi tentar. Fui primeiro no restaurante que fica na esquina da Calle Plateros com a Calle Espaderos. Subi e perguntei a garçonete sobre a possibilidade de ficarmos lá com nosso Pingo, ela afirmou que se o nosso cachorro fosse pequeno, poderíamos. Desci e fui alegremente avisar ao Luiz que haviam aceitado. Contudo, logo atrás de mim, veio ela falando esbaforida: “Ei, ei, eu tinha dito que podia, mas seu cão é muito grande, não pode não.” Minha alegria momentânea foi para o espaço, mas não foi motivo para desistir. Fui a outro restaurante que ficava quase vizinho àquele, o The Crown Coffe Bar. Subi as escadas e fiz a mesma pergunta. Aí o tratamento foi diferente, o rapaz que nos atendeu foi muito amável e permitiu que ficássemos lá para almoçar.

Voltei sorridente, chamando ambos para o restaurante. Lá pedimos algo para beliscar e ficamos apreciando a paisagem e eu fazendo minhas pesquisas e ligações na tentativa de reservar hotel nas cidades que pretendíamos ir. Após realizar várias ligações, não consegui nenhum hotel nas cidades de Abancay e Ayacucho e redondezas que aceitasse pet com vaga para nos hospedarmos. Ir para destinos como Puno, Arequipa, Ica, Nasca, Paracas e Lima não era do nosso interesse, pois já tínhamos conhecido todas essas cidades e seus pontos turísticos em 2008. Então, diante dessa realidade e da visível indisposição do Luiz em prosseguir nossa viagem Peru acima, conversamos e decidimos voltar para o Brasil modificando nosso roteiro de retorno da viagem. No lugar de explorarmos mais o Peru iríamos explorar o Brasil em lugares que não conhecíamos.
 
Pedimos, então, o nosso almoço, eu pedi Truta (peixe típico dos Andes) com purê de batatas e salada, o Luiz lomo saltado com papas (filet com batatas fritas) e Pingo preferiu ração royal canan médio adulto (kkkkkk). Estava tudo maravilhoso.
 
 A Plaza de Armas é quase toda rodeada pelo Portal de Panes, prédios com primeiro andar em forma de arcada dando um ar ainda mais espanhol ao local. Parte das arcadas do Portal, hoje tomadas por lojas e restaurantes, correspondia à localização dos muros do palácio onde residia Pachacútec. Olhem lá Pingo e Luiz, vejam o jeitinho do Pingo encostando a cabecinha no Luiz, tão meigo...
 
 Agora ele viram que eu estava fotografando eles. Meus lindos.
 Nosso delicioso almoço, Lomo Saltado (Filet com fritas) e Truta com purê de batatas.

 Nós no The Crown Coffe Bar. Quem encontra o Pingo? Onde ele está? Debaixo da mesa, só dá para ver o focinho dele que está abaixo da minha coxa. Viram?
 As peruanas e seus trajes típicos, uma com o chapéu tipo toalha e a outra com chapéu que parece masculino.
 Olhem os detalhes, sandálias pretas, baixas, saia rodada, tranças...
 Nossa visão da Plaza de Armas do restaurante que almoçamos.
 Mais uma peruana, como carregam coisas nas costas, estava carregava seu filho.
 Impressionante como carregam as crianças.


Elas sempre carregam algo nas costas.

 Passamos a tarde caminhando por Cusco, Plaza de São Francisco, Plaza do Relógio, Kuricancha, Jardim Sagrado etc. No final do dia voltamos à Plaza de Armas e ficamos em dos restaurantes que colocam mesas externas, assim não teria motivo para não permitirem a presença do Pingo. Fizemos o nosso pedido e com o cair da noite o frio foi aumentando. Então, o garçom observando que o Pingo estava todo enrolado num canto, perguntou se não estávamos com frio e nos convidou para ficar na parte interna que era mais quente. Lógico que aceitamos na mesma hora.

 Caminhando pelas ruas em ladeiras de Cusco.
 Ruas estreitas, assim como as calçadas.
 Mais uma vez nesse lugar maravilhoso, nunca é demais registrar.

 Alpacas, lhamas, amo todas
 Sim se paga para tirar foto com elas, paguei três soles, pagaria até mais.
 Olha aqui a linda da titia.
 Estou dando pipoca para ela, coisa mais gostosa. A mulher que está com a criança é que estava tomando conta das lhamas e alpacas e cobrava para quem quisesse tirar fotos com eles. Ela tinha pipoca para dar aos bichinhos. Eles ficam loucos quando vêem as pipocas.
 Encontramos um casal de noivos que estavam fazendo as fotos do casamento no local.
 Por aí, só curtindo o dia e o local. Olhem a elegância do Pingo.
 Simplesmente felizes.

 Esta sim, a catedral de Cusco.
 Hora de atravessar a rua.
 Igreja de São Francisco. Pingo e nós fizemos nossos agradecimentos.

 Eu e ele na Plaza de San Francisco.
 Petisco servido nos bares, milho tostado.
 O ônibus panorâmico que faz os passeios
 Pingo na calçada do restaurante, morrendo de frio e sem querer vestir o casaco.
 Meu jantar, sanduiche de ovo, queijo e alface.
 Jantar do Luiz, para variar, lomo saltado com papas.
 Nós quentinhos no interior do restaurante.
 O interior do restaurante.

 Plaza de Armas a noite.

Exaustos do nosso dia de caminhada por Cusco, voltamos ao hotel. Lá encontramos um casal que haviam passado o dia inteiro no hotel em virtude dos filhos deles estarem passando muito mal (vomitando muito) devido do soroche (mal das alturas). Tinham chegado também na noite anterior e haviam planejado ir até Machu Pichu para que os filhos conhecessem. Contudo, iam desistir pois os meninos não estavam melhorando. Estavam conversando com uma jovem que andava de muletas devido a uma queda que havia levado durante um passeio (tobogã de cachoeira, esporte radical). Ela estava esperando ficar melhor para poder voltar para casa, também não havia realizado a programação de passeio que tinha previsto. Pelo visto, existem muitas pessoas que planejam um roteiro no Peru e depois modificam por um ou outro motivo. Nós não éramos os únicos nessa situação.

Não poderia concluir o relato desse dia sem contar um fato que só descobri depois que cheguei de volta da viagem (17/08/2015). Estava em casa pesquisando nos meus apontamentos o nome da dona do hotel que foi nosso anjo nos poucos momentos que estivemos em Cusco e como não encontrava o nome dela nas minhas anotações, resolvi verificar se o hotel tinha site na internet, que seria uma forma de obter essa informação ou solicitar por meio de e-mail. Coloquei no google o nome do hotel e logo veio o site: http://spanish.lacasademiabuelo.com/. Acessei e comecei a ver o que tinha em cada link, quando observei que havia um link entitulado “Nuestro sócio principal”. Logo pensei: “Olha aí, tem um link só para informar sobre os sócios do hotel, que bom!”. Contudo, para meu espanto e extrema surpresa, quando acessei o link o que aparece é de cair o queixo de qualquer um, vejam o completo conteúdo do link:

Nuestro Socio Leal


"La conmiseración con los animales está íntimamente ligada con la bondad de carácter, de modo que puede decirse con seguridad que quien es cruel con los animales no puede ser una buena persona." - "Los perros aman a sus amigos y muerden a sus enemigos, casi lo contrario de personas que son incapaces de amor puro y tienden a mezclar amor y odio." - "Todos los hombres son dioses para su perro. Así que hay personas que aman a sus perros más que los hombres".

¿Usted quiere a su perro?



Una forma de vida:
- Todo el mundo necesita a alguien para compartir la alegría de su vida.
- Si se trata de perros, que le hará la vida cumplido.
- Si está satisfecho, entonces los perros son felices. Si los perros son felices, entonces eres feliz.

Este es el concepto general de "La Casa de mi Abuelo".
 
Eu quase não acreditei. Fica a pergunta: O que explica termos parado o carro exatamente em frente a um hotel que só tinha um quarto vago e que esse mesmo hotel, sem que tivéssemos nenhuma única informação sobre ele, era um local cujos proprietários tinham o cão como o principal sócio e que tem como conceito geral do hotel o seguinte: “Todo mundo precisa de alguém para compartilhar a alegria de sua vida, se são os cães que vão fazer sua vida plena, se você está feliz, os cães estão felizes, se os cães estão felizes, você está feliz.”

Nem tudo na vida se explica e esta foi uma das passagens de nossa viagem que a única explicação que temos é que Deus esteve nos protegendo em todos os momentos e a nós só nos resta agradecer.

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