A noite de
descanso foi maravilhosa. O café da manhã também estava divino, tudo
servido com muito carinho pela Sra. Rose e seu esposo, Sr. Amador. Perguntei a
Sra. Rose como era feito o café, pois eu achava que se comprava o líquido
pronto. Ela explicou que, diferindo do Brasil, o café no Peru é bem forte e mostrou o pó do café, de fato, o cheiro é bem mais forte e o pó é bem mais grosso que no Brasil. Segundo ela, o modo de preparo é similar ao nosso, só
que eles colocam pouca água e como o pó é bem concentrado, o café fica muito
forte. Contudo, não é servido quente, eles deixam o café ficar na temperatura
ambiente e depois servem esse xarope de café frio e adicionam leite quente,
então a bebida fica como nosso café com leite. Interessante que encontramos no café da manhã pessoas que estavam indo para Cusco. Foi, então, a nossa vez de passar informações.
Depois
de satisfeitos com o delicioso café da manhã fomos fazer a operação de troca de
bagagens, só que desta vez de forma inversa ao da ida. Guardamos as bagagens contendo
roupas de frio e pegamos uma das malas com roupas de verão. Organizamos tudo,
tiramos fotos com a Sra. Rose e o Sr. Amador e seguimos. Antes de pegar a
estrada, fomos dar uma volta na cidade para tirar umas fotos. Partimos às
9h30min. Ainda na cidade, paramos em vários postos de combustível e não
encontramos diesel para abastecer o carro. Decidimos seguir e parar em algum posto
da estrada. Foi a decisão acertada, no primeiro posto fora da cidade
abastecemos.
Área comum do hotel, ao redor ficam os quartos e na parte superior, onde tem o tablado de madeira, é o local onde é servido o café da manhã.
Recepção do Chimicuas House
Entrada
Eu, o Sr. Armando, Luiz e a Sra. Rose.
Entrada da garagem
No meio da avenida Madre de Dios, cruzamento com a av. Fitzcarrald, há um obelisco de 45 m de altura e 7,5m de diâmetro, é um mirante, tem um elevador panorâmico, bar e serviço de internet e de turismo.
Um pequeno santuário em uma das ruas da cidade.
Muro com pintura artística.
Burgos's Restaurante, onde jantamos na noite anterior.
A ponte sobre o Rio Madre de Dios que dá acesso à cidade.
Farol de localização naval da cidade de Puerto Maldonado.
Chegamos na fronteira às 12h:33min.
Como já estávamos com fome, sugeri comermos algo por ali mesmo. Então o Luiz,
que estava morto de fome, afirmou categoricamente, vamos comer logo e depois
realizamos os trâmites de saída do país.
O almoço foi diferente e gostoso. Só havia um local que servia almoço e só havia duas opções de cardápio, ou frango ensopado ou buchada. Pedimos, logicamente, o frango. Em qualquer das opções vinha como entrada uma sopa. Inicialmente, fiquei com receio de comer a sopa, pois não sou fã de tomar sopa fora de casa. Mas, resolvi experimentar e não é que estava super delicioso. O frango foi servido tipo prato feito com arroz, feijão e salada de repolho, também estava muito gostoso.
O almoço foi diferente e gostoso. Só havia um local que servia almoço e só havia duas opções de cardápio, ou frango ensopado ou buchada. Pedimos, logicamente, o frango. Em qualquer das opções vinha como entrada uma sopa. Inicialmente, fiquei com receio de comer a sopa, pois não sou fã de tomar sopa fora de casa. Mas, resolvi experimentar e não é que estava super delicioso. O frango foi servido tipo prato feito com arroz, feijão e salada de repolho, também estava muito gostoso.
Satisfeitos fomos então para a migração. Eram 13h15min, atravessamos a rua e nos dirigimos para o local. Para nosso espanto, quando chegamos lá, a porta estava fechada e com aviso estampado informando que não funcionava no período do almoço que era de 13h as 14h. Quase não acreditamos pois, por questão de alguns minutos ou de ordem de execução das coisas, tínhamos perdido o horário e por esse motivo iríamos esperar uma hora para podermos sair do pais. Mas, fazer o que, né. O jeito era sentar no banco que tinha do lado de fora do setor e esperar.
Na mesma hora que chegamos, também chegou um grupo de homens e então começamos a conversar. Eles também não sabiam que o setor fechava no horário do almoço. Eram argentinos que estavam fazendo uma rota que chamaram de Peru amazônico, passando pela parte da Amazônia que englobava o Peru e a Bolívia. Depois chegaram outras pessoas e formamos um grupo cada um contando seu roteiro de viagem, suas experiências, alguns estavam iniciando a viagem pela Estrada Interoceânica que leva até Cusco, aproveitaram e pegaram dicas conosco e com os que também estavam voltando. Foi muito boa a troca de informação e nem vimos o tempo passar.
A funcionária do setor de imigração chegou às 14h30min, éramos o segundo da fila. Logo entramos e quando nos apresentamos ela informou que tínhamos que carimbar o papel na polícia federal, fomos então fazer esse procedimento, que se soubéssemos já teríamos realizado.
Ficam então o passo a passo dos procedimentos a serem realizados para quem vai sair do Peru de carro para o Brasil: 1) carimbar o papel de migração na polícia federal peruana; 2) entregar o papel carimbado na migração e carimbar o passaporte com visto de saída; 3) passar pela revistoria do carro na Sunat e carimbar o documento de autorização para dirigir no Peru, dando baixa no documento. Quanto ao Pingo, nada precisou ser feito, pois o documento de permanência dele valia por 90 dias não havendo necessidade de carimbar a saída. Depois de tudo feito, fomos ao comércio da Tuka para trocar os soles que sobraram por reais.
Seguimos e fomos para a migração
brasileira, não havia ninguém na fila para ser atendido. Logo entramos e
rapidamente o policial federal carimbou nosso passaporte para ingressar no
Brasil.
Finalizados os procedimentos, seguimos viagem. Saímos de lá as 15h e ainda tínhamos 340km para percorrer até o Rio Branco. Enquanto Luiz dirigia, aproveitei para escrever minhas anotações e o diário do blog.
As 17h chegamos em Brasiléia, eu estava morrendo de vontade de comer um sorvete de chocolate, como não achamos uma sorveteria, paramos num supermercado, lá comprei picolé de chocolate e água. Enquanto fui ao supermercado, Luiz ficou no carro. Quando retornei, ele estava dentro de uma loja de venda de camarão e me chamou para conhecer o dono, o Sr. Renato. Ele é de Mossoró, Rio Grande do Norte e saiu da sua terra natal para ganhar a vida em outro lugar. O interessante é que Brasiléia apesar de não ser uma cidade praiana, ele comercializa diversos frutos do mar, dentre eles, camarão de três procedência, Peru, Rio Grande Norte e Ceará.
Luiz e o Sr. Renato, na loja de venda de peixes e crustáceos.
Seguindo a estrada, o dia ia
finalizando e entrando a noite, com uma lua cheia maravilhosa à nossa frente.
Chegamos no Rio Branco às 21h30min, fomos direto para o Pinheiro Palace hotel,
fizemos check in, deixamos as malas no quarto e fomos a pé para o restaurante
Princesinha, onde jantamos um delicioso filé de peixe Filhote grelhado com purê
e arroz branco.
DISTÂNCIA PERCORRIDA NO DIA 557 km em estrada asfaltada.
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