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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

5º Dia (22/07 - quarta) Altamira (PA) - Itaituba (PA)

O Hotel Topázzio ganhou classificação 10, tendo em vista o conforto, o café da manhã excelente, a localização e a simpatia dos funcionários.  Adoramos. Pingo amanheceu falante, então decidimos ir tomar café um de cada vez para poder controlar a conversa dele, rsrrsrs. Infelizmente, esqueci de tirar fotos do hotel, mas segue o site: www.topazziohotel.com.br.

Antes de deixarmos a cidade, fomos dar uma volta para conhecê-la melhor. É uma cidade, relativamente, grande, desenvolvida, com diversas opções de bons hotéis e uma agradável orla fluvial, com calcadão amplo, quadra de esporte e teatro. Além disso, há um passeio de barco até a ilha do Capacete. Não fizemos o passeio, pois nossa meta é percorrer toda o trecho de terra da transamazônica e os trechos a percorrer em estrada de chão são grandes, o que não permite perder muito tempo nas cidades.

 O marco da cidade.
 Nós e a ilha do Capacete ao fundo.
 Orla fluvial. 
 O mirante ao fundo.
 O teatro na beira rio.
 Olha o menino 'arrastando' o cachorro show show.
 A ilha do Capacete.  Este nome deve-se ao formato da ilha, olhando no Google maps é possível ver perfeitamente o formato em capacete da ilha.
A igreja matriz.

Pegamos a estrada as 8h38min, fora a grande quantidade de poeira, a estrada estava excelente, parecia um tapete e, para quem conhece estrada de chão,  sabe que quando ela está bem conservada, é melhor que asfalto. Seguimos, o Luiz dirigindo e eu contando as pontes pelas quais passávamos e fotografando.

Fazemos uma dupla perfeita, ele ama dirigir e eu amo ser copiloto. Minha função nas nossas viagens é preparar, previamente, o roteiro, contendo as distâncias a percorrer em cada dia, local previsto para comer, para dormir, locais bonitos para serem visitados no caminho. Depois de concluída a programação, analisamos juntos as opções selecionadas do roteiro, nesse momento que fazemos alguns ajustes. Durante a viagem, fico com a parte de operar os equipamentos eletrônicos (tablet, celular etc), indicando o caminho a percorrer, tirar fotos e anotar todos os detalhes da viagem (horários de saída,  chegada, parada, gastos etc).

Contextualizado esse detalhe, retornemos à história. Passamos por uma ponte que na placa indicativa do nome do rio tinha: "Ponte sobre o rio Arrependido". 'Tadinho! Fiquei me perguntando do que o pobre havia se arrependido...

De repente, seguindo nossa viagem, qual não foi a nossa surpresa ao encontrar no caminho uma manada de boi. Lindo! Fazia tempo que não víamos uma tropa bonita como essa. Estavam transportando os bois para outro pasto, provavelmente distante. Na frente vinha o carroça do cozinheiro, mais atrás, o cavaleiro com a bandeira avisando aos veículos da manada, logo adiante, vinha a manada, nesse caso ela tinha mais ou menos dois quilômetros e era composta só de machos, mais a frente, alguns cavaleiros tangendo os bois desgarrados e, por fim, seguia um homem que ia a pé com uma bandeira para alertar os carros que vinham por trás.

Passamos uns 20 min em marcha lenta passando por dentro da manada, muito lindo. Coisa que não se vê todo dia.....

 O sinalizador da manada.
E lá vem a manada...
 Eita!  Que a manada é grande...
Esse momento merece uma filmagem.

Seguimos viagem e diversas episódios interessantes observamos que mereceram registro.

As cidades que passaremos. 
 Rio Seco? Não, Rio Seiko,  kkkkkk
 Paisagem. ..
 Com toda poeira, com tanto barro vermelho, qual o problema, o vestido da menina está impecavelmente branco.
 Paradinha para esticar as pernas? Não,  pipi stop mesmo,  rsrsrsr
 Olha só minha alegria depois de aliviada no  mato, kkkkkk
 Gois! Eita que até aqui tem Gois? (Para quem não sabe, explico. A família do Luiz é Gois.
 Peculiaridades que valem a pena apreciar. Lindo cais na beira do rio. 
E até ver mais de perto.

Às 10h estávamos na cidade de Medicilândia, depois passamos por Boa Sorte e ao meio dia e 39 min paramos para almoçar em Uruará,  na churrascaria Brasil, ao lado de um posto de combustível, onde abastecemos o carro. Almoço self service muito bom. Dica para os que viajam de carro, observe restaurantes onde tem muitos caminhões parados, esse é o melhor sinal para se comer boa comida. Muito difícil caminhoneiro parar em local que a comida não presta.

 A Churrascaria Brasil

 Bem vindo a Placas! É para entrar dentro da placa? Não, é o nome da cidade.
 Ora, ora, isso lá é aviso...
 Escoramento de madeira para construir a caixa d'água? Gente, faz tempo que o Luiz não via um  desse, há só se usa escoramento metálico.
 Olha a ponte...
 Dr. RUELA!!!!! Caraca! Isso lá é nome... Será que ele é urologista?

 Olha a poeira...
 Só passa um.
 Vamos, né, é por aí mesmo, também, não tem outra estrada mesmo, o pobre do GPS quando colocamos o destino no início do dia ele diz siga em frente por 400km, kkkkkkk

 Trechos em obras
 A ponte velha
 A escola da região.


Na parte da tarde as cidades que percorremos foram: Placas, Rurópolis,  Divinópolis, chegando em Miritituba as 19h30min, onde pegamos a balsa para atravessar para Itaituba.

Como sempre, a travessia de balsa segue a sequência,  pegar a fila, comprar a taxa de embarque, aguardar a bala chegar, embarcar e desembarcar, procedimentos que não tem previsão de tempo, pois tudo depende de quantidade de carro que tem na fila, quantidade de balsa fazendo a travessia, quantidade de carro que a balsa leva por vez e o próprio tempo da travessia que depende da largura do rio. Nessas horas sempre se tem a oportunidade de conhecer pessoas e, desta vez, conhecemos o Sr. João Altevir,  ele viu a placa do nosso carro de Fortaleza e logo puxou conversa. Em resumo, ele é de Araticum, cidade próxima à Flexeirinha-CE, que fica no pé da Serra Grande. Ele saiu de sua cidade natal aos 17 anos, sem eira nem beira, para vir à Itaituba-PA tentar a vida. Obteve sucesso e voltou para buscar seus outros irmãos, no total de 11, e também a mãe, arrumou emprego para todos os irmãos e todos vivem bem. Hoje, além de outros negócios na cidade, ele tem um frigorífico de nome Araticum. Seus filhos estão todos formados, tendo uma filha médica que está fazendo residência em São Paulo e que ele pretende trazer para a cidade, montando um consultório para ela e o marido (ele só não sabe ainda se ela vai querer voltar, rsrsrsr). Nos deu várias dicas da cidade, além de dar seu cartão para ligarmos, caso precisássemos de alguma coisa.

Fotos da travessia.



Chegamos na cidade às 20h30min. Ops, sinal de celular e Internet,  hora de fazer check in no Facebook para que família e amigos saibam que estamos bem e localizar hotel para dormir. Meu amigo Luiz Lobo enviou mensagem pelo whatsApp informando que conhecia a cidade e dando a dica do hotel Apiacas, esse hotel estava na minha lista de selecionados, além desse estava o hotel Santa Rita. Liguei para o Apiacas, mas estava lotado, que pena, muito bom quando temos dicas de alguém que já se hospedou no hotel. O Santa Rita tinha vaga e aceitou o Pingo como hóspede. Pelas fotos da Internet parecia ser um bom hotel, hora de conferir.

Decepção, as fotos da Internet não condiziam com o que encontrei. Depois do procedimento de check in, o rapaz da recepção me deu as chaves e subi com Pingo e parte das bagagens para o quarto, que ficava no segundo andar e não tinha elevador. Cheguei lá, além do quarto ser muuuuito pequeno, o único local que havia para acomodar as bagagens eram duas pequenas prateleiras que havia no banheiro e que, para completar, estavam quebradas

Desci no mesmo pé e perguntei ao rapaz se não havia outro quarto, informando o problema. Ainda bem que o rapaz arrumou outro quarto, bem melhor, pois ficava no primeiro andar, eram beeeeem, maior e, para melhorar, recém reformado. Ótimo, estava garantida uma boa noite de sono. Agora era procurar local para comer. Devido o avançar da hora (cidade pequena as opções de alimentação fecham cedo) e a fome, só deixamos a bagagem no quarto e descemos para comer algo. Pelas dicas do recém conhecido de Araticum, a melhor opção eram os quiosques de lanche na beira rio ou o restaurante Ceará. Como só queríamos um lanche, optamos por um  dos quiosques. Tivemos sorte, comemos deliciosos lanches, eu um de frango que estava divino e o Luiz dois de carne, todos com tempero caseiro e pães caseiros,  muito bons mesmo. Ah, Pingo também comeu conosco, pois levo o prato de inox dele e a porção de ração e coloco quando chega nossa comida.

Depois retornamos ao hotel para dormir e Pingo capotou, vejam 👇


Resumo das pontes, 41, das quais 32 de madeira.

DISTÂNCIA PERCORRIDA NO DIA 464 km, dos quais 324km em estrada de chão.

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