No relato de ontem esqueci de relacionar as cidades pelas quais passamos, que foram: Luzinopolis, Trasnsaraguaia e São Domingos do Araguaia.
A noite de descanso no hotel foi maravilhosa. Acordei cedo para passear com o Pingo, mas ele gostou tanto da dormida que não quis levantar cedo, se escondeu debaixo de uma mesa. Então resolvi deixar ele aproveitar e dormir mais um pouco. Fui tomar banho, depois acordei o Luiz e fomos tomar café da manhã, enquanto Pingo dormia mais um pouco.
Quando chegamos ele já estava todo alegre, saltitante, com o jacaré lelé na boca e pedindo para ir fazer suas necessidades lá fora. Ah, para conhecimento, Pingo antes de dormir lava, com sabonete Pet e escovinha, as quatro patinhas para não sujar nadinha no hotel.
E a folga do Pingo na sua caminha, aproveitando a mordomia.
Vamos ao relato do dia de hoje ♡♡
8h00min saímos do hotel Itacaiuna, o qual super recomendamos. Nosso próximo destino, Altamira, cidade que nossos amigos indicaram para dormirmos, pois tem boa estrutura hoteleira. Abastecemos e seguimos viagem. Após rodarmos 60km, o asfalto acabou. A partir daí começou, de fato, o trecho que o Luiz tanto desejava dirigir.
Vejam como Pingo gosta de viajar
Nossa estrada a partir desse ponto
Estamos em período sem chuvas, por um lado é bom porque não atola os carros, mas, por outro lado, o tráfego de veículos na via seca ocasiona a elevação de uma finíssima poeira, toda vez que um carro em sentido oposto passa, ou no mesmo sentido ultrapassa, deixando a estrada coberta com uma névoa de poeira. Tal fato diminui a visibilidade na estrada, a ponto de apenas se conseguir ver a poucos metros de distância. Em virtude disso, é necessário diminuir, consideravelmente, a velocidade e dirigir com muita cautela. A sensação de passar por dentro de uma nuvem de pó é algo desconfortável e perigoso. Mesmo assim, as pessoas da região, que já estão acostumadas com esse fato, dirigem em alta velocidade.
Na foto não é possível perceber muito a falta de visibilidade, talvez porque a maquina melhore a imagem ou algo parecido.
Na paisagem, além da poeira, vimos milhões de pés de açai. Hum! Fiquei só pensando na quantidade de suco perdido, pois toda vegetação fica coberta de pó trazido pela nuvem de poeira. No caminho encontramos muitas carretas, caminhões, carros, dentre estes havia gol e uno, sem contar as pick-up (Toyota, mitisubish, chevrolet e, perdidamente, uma ranger). Ah, não posso deixar de mencionar os diversos pau de arara (carro F350 ou D20, que transportam pessoas na carroceria) que encontramos no percurso. Se nós estávamos achando ruim a poeira, logo nos sentimos no paraíso, só em imaginar como estariam aquelas pessoas comendo poeira e sendo jogadas de um lado para o outro naquela estrada de chão esburacada, enquanto nós estávamos em carro fechado e com ar condicionado. Contudo, apesar da adversidade em que se encontravam, observamos que sempre sorriam quando passávamos e foi possível perceber que para eles aquela situação era mais que normal e estavam felizes por terem aquele meio de transporte.Um dos carros que encontramos foi um troller, que depois de várias tentativas de ultrapassar nosso carro, o Luiz resolveu deixá-lo passar, pois estávamos próximos a uma comunidade e ele sabia q tinha quebra molas, onde reduziria a velocidade. Então aproveitamos para tirar foto da placa e ver qual a cidadea de procedência. No caso, identificamos que era de Natal.
A estrada estava em obras, portanto tivemos que parar diversas vezes nos pontos 'siga e pare' e esperar por vários minutos a vez de passarmos, fato que colaborava para demorar mais a realização do percurso.
Enquanto o Luiz dirigia, eu nada mais fazia além de curtir a paisagem, pois a trepidação do carro e a ausência de sinal de Internet impossibilitava qualquer tipo de leitura. Então, resolvi contar as pontes pelas quais passávamos. Nesse dia passamos por 32 pontes, das quais apenas uma de concreto e todas as outras de madeira. Este também foi um fator de redução da velocidade, pois a largura da ponte só permite a passagem de um carro e sempre tem um desnível para entrar e sair da ponte.
Olha nossa direção, cidade de Novo Repartimento.
Um dos nossos pipi stop foi num bar/restaurante de beira de estrada. Mas vejam o que encontramos além do restaurante.
Paramos para almoçar na cidade de Pacajás, às 14h, na churrascaria Tambury, ao lado do posto da BR. Acertamos na escolha, o local é cuidadosamente organizado, a comida excelente e o dono, o Sr. Clodoaldo, uma simpatia. O único detalhe foi ele não ter permitido a entrada do Pingo, que ficou esperando no carro enquanto almoçávamos. Enfim, nem tudo é perfeito....
Olha aí o Luis com o Sr. Clodoaldo.
Vejam que elegância a estrutura do restaurante.
Às 16h45min chegamos no cruzamento com o rio Xingui, onde é necessário atravessar de balsa para Altamira, cidade onde dormiríamos. Assim que chegamos vimos que havia uma balsa descarregando carros, então encostamos logo o carro para não perder a vez da travessia. Contudo, quando terminou de descarregar e íamos subir, o rapaz da balsa fez sinal que não podíamos entrar e que aguardassemos a outra balsa. Mas, logo em seguida, dois caminhões tanques subiram na balsa e ela partir apenas com eles. Ficamos sem entender, pois a balsa era grande e cabiam muitos carros e caminhões nela. Só nos restava aguardar, pacientemente, a outra balsa. Aproveitamos o tempo para tirar fotos.
Mamãe dando água para mim, enquanto papai dirige. O serviço de bordo é excelente.
A bilheteria da balsa que passamos por ela sem ver e quando fomos entrar na balsa estávamos sem o bilhete comprado e eu tive que voltar correndo para pagar a passagem.
Balsa chegou e está descarregando os carros.
Carregando os caminhões tanques de combustível.
Aguardando a outra balsa chegar e fotografando...
Luiz entrando na balsa e eu fotografando e correndo para não perder a balsa, rsrsrrs
Nossas fotos da travessia.
Pingo adora atravessar de balsa, fica sempre olhando para água e acho que se soltar ele pula para tomar banho.
E lá está Miritituba.
Conhecemos um rapaz carioca, que foi gentil em tirar fotos nossa, contou que tem uma firma de geoprocesssamento (levantamento topográfico) e veio a trabalho e também explicou que os caminhões tanques levavam combustível, motivo pelo qual, por questão de segurança, a balsa não pode transportar nenhum outro carro além deles e eles têm prioridade na travessia.
Encontramos e conhecemos, também enquanto esperávamos a balsa, os ocupantes do troller que tiramos fotos, era três e estavam indo para Altamira para pescar.
Seguimos viagem, pois ainda faltavam 60km para chegar em Altamira. No caminho passamos pela barragem de Belo Monte, pensem na vontade de ir de carro até lá para conhecer, mas não podíamos desviar da nossa meta, qualquer deslize poderia significar ter que dormir no carro pelo fato do sono chegar antes da cidade que teria hospedagem.
A usina de Belo Monte.
O por do sol na estrada é sempre lindo, seguem alguns registros.
Alguns trechos são de asfalto, como este.
Às 18h30min estávamos adentrando a cidade. Seguimos direto para o primeiro hotel da minha lista de selecionados, o Amazon Xingu Hotel, e de pronto aceitaram o Pingo, inclusive a gentil recepcionista escolheu um quarto grande para que ele ficasse bem alojado. O hotel era excelente, o quarto maravilhoso, mas, como não tinha estacionamento para o carro, o Luiz preferiu procurar outro. Resolvi ligar de lá mesmo para o próximo da minha seleção. Detalhe, nessa cidade eu não tinha nenhum hotel indicado como Petfriends. Liguei para o Hotel Topázzio e de pronto aceitaram o Pingo e tinha estacionamento, fomos para lá. Só demoramos um pouco para encontrar pq o endereço indicado pelo Google maps não está certo.
Após um delicioso banho, fomos para um restaurante que vi enquanto procurávamos o endereço do hotel e achei simpático na aparência e no nome, Fundo de Quintal. Acertei na mosca, comemos um filé de tucunaré grelhada com alcaparras. Gente, o filé tinha dois dedos de espessura e estava espetacular, foi a melhor refeição até esse momento da viagem. Ficou perfeito pois ainda tinha uma agradável música e o Pingo pode entrar e ficar conosco.
Achei super legal o abjurar de garrafas.
Pingo e nós, curtindo uma excelente música mpb.
A melhor comida até agora na viagem, Tucunaré grelhado com alcaparras.
A entrada do restaurante Fundo de Quintal, excelente adoramos a acolhida que o Pingo teve.
Nesse dia passamos pelas cidades de Novo Repartimento, Pacajás, Anapu e Altamira.
DISTÂNCIA PERCORRIDA NO DIA 475 km em estrada de chão.
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