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Fortaleza, Ceará, Brazil
Nascida em Campinas SP e criada em Fortaleza CE. Amo viajar, meu principal hobby. Conhecer lugares e cultura é a melhor forma de crescermos espiritualmente. Sou casada com uma pessoa maravilhosa chamada Luiz Rodrigues, que curte comigo todas as viagens. Um trecho de livro que resume meu pensamento sobre vida e viagem: “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver". ("Mar sem fim"- Amyr Klink) AVISO: As postagens estão em ordem inversa, ou seja, do fim da viagem para o começo. Desta forma, observem a data informada e leiam do fim para o começo.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Viagem Fortaleza - Maragogi - Penedo - Canindé de São Francisco - Fortaleza

26/12/2011 - Saímos de Fortaleza com destino a Alagoas. Nosso veículo Tracker. 10h50min horário de nossa saída, odômetro marcando 46.984km.
Almoçamos em Aracati-CE e seguimos viagem até Mossoró, depois pegamos a RN 233, entrando em Paraú, passando por Jucurutu, chegando a Caicó as 18h15min.
Continuamos pela RN-427 e chegamos a Serra Negra do Norte, as 19h, odômetro marcando 47.465km, dormimos em uma pousada, a única disponível na cidade para abrigar os viajantes.
Essa cidade não tem nada de atrativo, mas foi ótima para dormirmos. Foto ao lado é a igreja matriz da cidade.
Serra Negra do Norte - RN. O município foi o segundo a se emancipar de Caicó, em 3/08/1874. O nome do município se refere à grande espessura de vegetação primitiva local, com tom escuro e que se localizava em um contorno serrano.
27/12/2011 - Saímos de Serra Negra do Norte, pegamos a BR-110, depois a BR-230, passamos por Patos, Soledade, Ingá (onde almoçamos), Jupiranga, chegando em Recife as 15h16min, odômetro marcando 47.855 (ou seja, 871km rodados). Em Recife visitamos parentes do Luiz e seguimos viagem para Cabo de Santo Agostinho.
O Cabo de Santo Agostinho é um município brasileiro do estado de Pernambuco pertencente à Região Metropolitana do Recife. Possui varias reservas ecológicas, e belas praias conhecidas em todo país, como Gaibu, Calhetas e Paraíso. Além das belas praias, outras opções do município são os monumentos históricos. Lá podem ser encontrados velhos engenhos entre eles o mais conhecido o Engenho Massangana que guardam parte da história do município.
Dormimos em Cabo de Santo Agostinho, tínhamos idéia de que a cidade seria um local turístico e teria ótimas opções de hospedagem, mas lá chegando, descobrimos que todas as pousadas estavam ocupadas por trabalhadores do porto de Suape. A cidade antigamente era uma ótima opção de laser, mas se transformou em uma cidade dormitório. De toda forma, descobrimos que havia três hoteis que ainda hospedavam turista e conseguimos vaga no hotel Arraial dos Corais. Por sinal muito bom, veja foto ao lado a vista que tivemos do nosso quarto.
28/12/2011 - Saímos de Cabo de Santo Agostinho as 8:15h, seguindo pela PE-060, a estrada não é litorânea, pois o litoral do Pernambuco é cheio de manguezais e não há uma rodovia litorânea. Se a opção fosse conhecer as praias pernambucanas teríamos que entrar nas estradas de acesso a cada praia, mas como já conhecíamos várias praias de lá, nosso destino era o litoral de Maceió.
Assim, seguimos por essa rodovia até São José da Coroa Grande, que é a primeira praia de Alagoas. Daí para frente pegamos a litorânea em Alagoas, chegando em Maragogi as 10h:33min, odômetro marcando 48.097km (ou seja, 1.113km rodados). A rodovia alagoana é de uma beleza ímpar e a viagem é muito agradável. A vontade que dá é parar em cada praia e dar um mergulho, já que o mar tem uma cor impressionante. Ao lado uma das fotos do litoral alagoano.
Mas, nosso destino era chegar em Maragogi e fazer o passeio nas lagoas naturais de corais marinhos. E assim foi...
Maragogi é um município brasileiro do estado de Alagoas. Localizado a 125 km de Maceió. O nome “Maragogi” tem origem na língua tupi, falada pelos índios potiguares, que habitavam o norte de Alagoas. Significa Rio das Marambas.
Em Maragogi tivemos a sorte de encontrar uma pousada maravilhosa (Marahub) bem na avenida central, pousada nova e muito bem cuidada. Deixamos as malas na pousada e fomos curtir a praia. Ao lado a foto mostra um pouco de que significa a beleza do mar alagoano.
É a vista do mirante. Maragogi tem grande importância na história brasileira. Holandeses e portugueses disputaram suas terras por vários anos. Mas foram os moradores da Vila de Maragogi - sem recursos, mas com heroísmo - que impediram e desarticularam a tentativa holandesa de desembarque em Alagoas.
Opções de praia não faltam e cada uma mais linda que a outra, curtimos o mar e nos informamos sobre o passeio de catamarã para o dia seguinte.
29/12/2011 - Acordamos, tomamos nosso café da manhã e ficamos esperando o horário da saída do passeio, que varia em função da maré, pois é necessário que a maré esteja baixa para ser possível a realização do passeio.
Nosso barco saiu as 11h30min, o passeio dura em torno de duas horas, mas a vontade que dá é de ficar muito mais tempo lá.
O catamarã entra mar a dentro por 30 minutos, depois atraca no local próprio e fica lá por uma hora onde é possível ficar mergulhando com auxílio de snoker e para os que desejarem, mergulho com cilindro.
Ficamos na opção do snoker, curtimo muito o passeio também desfrutando do mar maravilhoso e a foto acima dá para ter uma idéia que preocupação era uma coisa que não tínhamos.
O guia do nosso barco, o Maná, foi maravilhoso, muito animado e descreveu a região com muita propriedade, tonando o passeio bem agradável e divertido.
A foto ao lado mostra os catamarás ancorados no mar. O passeio às galés (piscinas naturais) é imperdível, onde, a 6 km da costa, pode-se observar a Área de Proteção Ambiental onde estão os arrecifes de corais.
Maragogi é hoje um grande pólo turístico, servindo como porta de entrada para os Estados de Alagoas e Pernambuco e se transformando no segundo maior pólo turístico do Estado. Suas praias têm mar tranquilo, areias alvas e densos coqueirais, destacando-se as de Barra Grande, Burgalhau, Peroba e São Bento.
Satisfeitos de mar, seguimos para o sertão.Saímos de Maragogi as 14h53min, seguimos pela AL-101, depois pegamos a AL-465. Passamos por Maceió, mas não paramos, pois nosso destino era Penedo.
Tivemos sorte, pois todos os carros estavam se dirigindo para Maceió e o engarrafamento da pista em sentido Maceió era incomensurável. Do lado que estávamos a estrada estava livre e, embora o asfalto não estivesse lá essas coisa, mas a viagem foi tranquila
.
Penedo, nossa próxima parada, chegamos as 22h e já tínhamos local certo para ficar, a pousada Colonial. Devido a opção de ficar nessa pousada, resolvemos reservar no dia anterior, para não corrermos o risco de não ter vaga. Ao chegarmos a recepcionista estava nos esperando e fomos muito bem recebidos. Malas no quarto, fomos jantar.
O primeiro povoado de Alagoas, Penedo, é hoje uma das cidadezinhas mais belas do estado. Fundada no século 16, às margens do rio São Francisco, Penedo guarda um preservado centro histórico tomado por museus e igrejas dos séculos 17 e 18. Vale lembrar que Penedo é conhecida como Ouro preto do nordeste e, de fato, faz jus a isso.
30/12/2011 - Nosso primeiro passeio foi para conhecer a foz do rio São Francisco. Saímos de Penedo e fomos até Piaçabuçu, cidade de onde saem os barcos para fazer o passeio. O passeio é muito gostoso e é possível observar as diferentes embarcações do rio São Francisco com suas velas quadradas.
Diferente da versão mais conhecida de que o nome Piaçabuçu estaria relacionado à existência de piaçavas ou piaçabas na região, planta muito usada no artesanato de vassouras, Piaçabuçu seria “Palmeira Grande”. Na verdade, é uma corruptela de pe-haçab-uçu, que significa, segundo os especialistas da língua tupi-guarani, “passagem geral do caminho”.
Piaçabuçu foi fundada em 1660 pelo explorador André Rocha Dantas e é uma das cidades centenárias do nordeste brasileiro. Era o local preferido daqueles que atravessavam o rio quando
viajavam para um ou outro lado em pequenas canoas e toscas jangadas, que ali ficavam mais a salvo do rio caudaloso em virtude da existência de duas grandes ilhas no local que tornavam a passagem menos perigosa para os viajantes.

Indubitavelmente, os primeiros habitantes de suas paragens foram os índios. Os valentes caetés foram escorraçados da região após o episódio do Bispo Sardinha.
A viagem dura cerca de 45 minutos, passando por casebres de ribeirinhos e cruzando com muitas jangadas coloridas.
Chegando ao encontro do rio com o mar, a paisagem ganha a moldura de dunas douradas que formam um delta salpicado de coqueiros e imensas lagoas de águas azuis. Os barcos a vela no rio São Francisco são assim, com velas quadradas. Muito bonitas.
As embarcações ficam ancoradas por uma hora, tempo estabelecido pelo Ibama para cada visita à região.
O período é suficiente para subir e descer correndo pelas dunas e nadar nas lagoas, mas deixa um gostinho de "quero mais" quando a vontade de apreciar a paisagem não passa de jeito nenhum. Ou ainda, para fazer um book de fotos.
Ótimo passeio, recomendo demais. A distância de Penedo para Piaçabuçu é de 18km. O clima estava agradável e tivemos a oportunidade de fazer o passeio em um barco onde só estávamos nós e mais um casal, o que tornou mais agradável.
Voltamos para Penedo, onde almoçamos. De volta à terra firme, circulamos a pé pelas ruas de paralelepípedo de Penedo.
Começamos o roteiro histórico pelo conjunto barroco formado pelo Convento de São Francisco e a Igreja de Santa Maria dos Anjos (1759). Essa é a igreja.
A cidade é tudo de bom para os amantes de roteiros históricos, por onde se anda na cidade é possível ver construções do tempo do império.
Tudo está muito bem conservado e é gostoso nos sentirmos um pouco fazendo uma retrospectiva da história.
A foto do casarão azul é o local onde Dom Pedro se hospedou quando esteve em Penedo. O local está muito bem conservado e é agradável caminhar a pé pelas ruas da cidade.
As opções de restaurantes também são agradáveis e é possível comer bem desfrutando de um ambiente agradável. Existem diversos bares pela cidade.
Como se observa todas as casas estão pintadas em cores diferente, valorizando cada detalhe das construções. O clima é um pouco quente, mas não interfere no desfrute do passeio.
A pousada colonial fica em frente ao rio São Francisco e ao lado da igreja das correntes , a qual tem estilo barroco, altar-mor folheado a ouro, azulejos portugueses policromados e há também um altar onde ao lado há um esconderijo que era utilizado pelos escravos para se esconderem e obterem sua liberdade.
Os aposentos da pousada são muito bem conservados e tudo é muito limpo. Todos os móveis são em estilo colonial e a acolhida e o carinho que todos nos recebem dá a impressão que estamos em casa.
O por do sol que pode ser visto em frente a pousada é deslumbrante, com o sol se pondo no rio. Nossa! Dá vontade de ficarmos alí por horas e horas.
31/12/2011 - Saímos de Penedo as 8h22min, era o último dia do ano e ainda não tínhamos idéia de onde passar o reveillon, mas algo nos dizia que seria bom reservar algo em algum lugar, sob o risco de não haver hotel com vaga.
Resolvi, então, procurar na internet do meu tablet uma cidade no caminho de retorno que tivesse um hotel com opção de festa de passagem de ano. Após alguma busca encontrei um na cidade de Canindé de São Francisco, o Xingó Park Hotel. Ele estava com um pacote de três dias que incluia diária completa e a festa na noite do dia 31. Reservei.
Bem, já tínhamos um destino e um local para curtirmos a passagem de ano. Então, agora é curtir a viagem e as cidades do caminho.
Pegamos a balsa para atravesar para a cidade de Neópolis. Seguimos depois para Santana de São Francisco, paramos na cidade para apreciar o artesanato local.
A cidade de Santana do São Francisco foi até bem pouco tempo atrás conhecida como Carrapicho.

Distante 125 kms da capital alagoana (Maceió), fundada por portugueses no inicio do sec XIX, após a expulsão dos holandeses que habitavam a região a cidade é um dos principais pólos de produção artesanal de cerâmica. Santana destaca-se por seu variado artesanato em argila, sua principal fonte de renda.
O artesanato absorve 70% da mão de obra do município. Jarros, moringas, animaizinhos e diversos outros tipos de peças são produzidos pelas hábeis mãos dos artesãos de Santana. Compramos alguns jarros.
Seguimos pelas cidades de Propriá, Canhoba (SE-200), Jibóia, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe, chegando em Canindé de São Francisco às 14h54min, odômetro marcando 48.680, ou seja, 214km de Penedo.
Canindé do São Francisco, marcada pelo cangaço, tem muita história para contar, além de belas paisagens e formações rochosas e o Rio São Francisco, o que faz da cidade um belo destino para ecoturismo.
Canindé oferece opções de passeios de lancha, escuna e catamarã, além de trekking e águas propícias para banho e mergulho. Vejam ao lado quantos passeios são oferecidos.
Nos instalamos no hotel, que por sinal era maravilhoso, e fomos dar uma volta pela cidade, vendo as opções de passeio no local, já que iríamos passar dois dias lá. Já tínhamos a dica de fazer o passeio do canion, mas muito mais havia para se visitar naquela cidade, para espanto nosso.
Obtivemos informações sobre os passeios, optamos por comprar o passeio para conhecer o Canion do São Francisco (cujo preço é de R$60,00/ pessoa) para o dia seguinte, com saída as 9h30min. Retornamos ao hotel para descansarmos um pouco.
Segundo informações obtidas no local, na década de 30 existiam dois povoados, Canindé de Cima e Canindé de Baixo, localizados entre morros. Com a construção da hidroelétrica de Xingó, os habitantes dessas povoações foram transferidos para uma “nova Canindé”, uma cidade planejada.
Canindé do São Francisco tornou-se a cidade mais visitada do Sergipe após a construção da Usina Hidrelétrica de Xingó, responsável pela produção de 25% da energia consumida no estado.
Ao lado a foto do Luiz, tendo ao fundo a Hidrelétrica.
Não esperávamos muito da nossa festa de passagem de ano, pois não faz nosso estilo curtir fes
ta de hotel. No entanto, tudo nos surpreendeu, a festa, a organização, o conjunto de forró pé-de-serra, a comida etc.
A diversão foi garantida do início ao fim da festa. A comida servida estava tão saborosa que era um convite para experimentar um pouco de tudo. A queima de fogos foi um espetáculo. A música nos fez dançar a noite toda, tão bom e animado era o conjunto. Finalmente, foi tudo um sucesso. Fomos dormir as 3h30min da madrugada, felizes e satisfeito com nosso reveillon não programado.
01/01/2012 - Acordamos as 8h, tomamos café da manhã e seguimos para o local onde saía o catamarã para o passeio pelos canions do São Francisco. O café da manhã do hotel era maravilhoso e tudo preparado com muito carinho e harmonia. Impressionados ficamos com a qualidade da alimentação servida.
A festa foi tão boa que o cansaço era apenas físico, estando a mente totalmente renovada.
A distância do hotel para o local de saída do passeio era mais ou menos 30 minutos de carro e no local, além da saída do barco tem toda uma estrutura de entretenimento, com restaurante, guarda sol, caiaque, tirolesa. Muito organizado e estruturado.
Chegamos no horário marcado para a saída do passeio e a organização foi outra coisa que nos surpreendeu. O percurso de barco é surpreendente, assim como a estrutura do catamarã, tudo muito bonito e organizado.
A paisagem, entretanto, foi a que mais se destacou e nos faz refletir porque buscamos entretenimento em tantos países se no Brasil, mas especificamente, no Nordeste, existem tantas coisas maravilhosas para conhecermos e nos encantar.
Ao longo do percurso, o guia do passeio vai explicando a construção da barragem de Xingó, as características da região, as formações rochosas (a foto ao lado mostra a rocha do japonês, pois parece um japonês sentado) e avisando os lugares em que recomenda-se registrar em fotos. A cada curva do barco uma nova expressão de admiração de tanta beleza natural.

Segundo o guia, com a construção da barragem da Usina Hidroelétrica de Xingó no Rio São Francisco, deu-se origem a um cânion, formado por um vale profundo, com 65 quilômetros de extensão, 170 metros de profundidade e largura que varia de 50 a 300 metros.

O visual é muito bonito, com rochas de granito avermelhado e cinza na encosta, além das diferentes espécies de aves e répteis na caatinga, vegetação do local.

A chegada no canion é extraordinária e tamanha beleza nos deixa estarrecidos. No local há o porto de Borogodó, local estruturado para a realização da filmagem de novela da Globo. A estrutura consiste de um catamarã que fica fixo no local e funciona como porto para os que lá vão visitar em passeio.
A permanência no local dura uma hora. Os turistas podem ficar tomando banho no local, cuja profundidade é de 20 metros e a água tem uma cor muito transparente.
Enfim, é MARAVILHOSO e relaxante. No fim, a duração de uma hora parece pouco, pois a vontade que se tem é de permanecer no local por todo o dia.
Na rodovia que liga Canindé de São Francisco a Piranhas existe um monumento ao cangaceiro Lampião, sua mulher Maria Bonita e José Ventura Lins, popularmente conhecido como Zé Leobino. Segundo informações dos moradores locais, Zé Leobino é um simpático vaqueiro de 87 anos, pai de 5 filhos, com fortes traços nordestinos, pele negra e um olho azul que conquista no primeiro olhar.
Segundo contam ele é um homem de honrar coisas simples, mas tem fama nacional e já é celebridade em Canindé há muito tempo, com direito a sua estátua de bronze erguida ao lado de Lampião e Maria Bonita – o casal mais famoso do sertão. Dizem que ele costuma aparecer no local, para surpreender os turistas e tirar fotos ao lado da própria estátua. Não vimos Zé Leobino em pessoa, mas posso dizer que o monumento é muito bonito e todos param para tirar fotos.
Na dependências do hotel havia um recanto ecológico que eles escolheram para fazer o cultivo de várias plantas do sertão. No local um sistema de irrigação foi montado e ao final da tarde e começo da manhã os passaros vão lá para se alimentar e fazer seu show, voando, ficando e se deliciando com as flores. Fiquei lá por vários minutos contemplando a beleza do local e consegui captar ótimos registros fotográficos, dos quais posto um deles.
Chegamos do passeio, fomos descansar, depois jantamos no hotel, cuja comida nos surpreendeu mais uma vez pelo capricho e sabor. Depois, fomos conhecer a cidade de Piranhas, que fica a 20km da cidade de Canindé de São Francisco.
Piranhas ficou nacionalmente conhecida por ser a cidade onde a cabeça de Lampião, e outros do seu bando, ficaram expostos após decapitação. No museu da cidade pode ainda ser visto várias fotos do bandido Lampião, inclusive a famosa foto que mostra o empilhamento das cabeças na escadaria da prefeitura do município. Neste mesmo museu trabalha hoje, como auxiliar, um dos policiais que, na época, mataram Lampião e seu bando.
O município ainda é banhado pelo majestoso eio São Francisco e foi reconhecido como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN.
A cidade é muito linda, está totalmente conservada, com todas as construções preservadas e com pintura que evidenciam a arquitetura. No centro, existem vários bares e restaurantes, inclusive uma cachaçaria que dispões de marcas famosas e produtos envelhecidos.
Conhecemos a cidade e identificamos e identificamos o local de saída do barco para o passeio do dia seguinte.
02/01/2012 - Dia de fazer o passeio da rota do cangaço, cuja saída se dá na cidade de Piranhas, horário de saída as 10h com duração de quatro horas, valor por pessoa R$40,00. Chegamos na cidade com certa antecedência, com objetivo de conhecer a cidade durante o dia.
Piranhas se localiza no sertão de Alagoas, a 280km da capital, Maceió. A cidade se divide em “de Baixo e de Cima” e vem há algum tempo chamando a atenção, especialmente para a própria geografia, cuidadosamente moldada entre a caatinga e os rios São Francisco, Boa Vista (ou Piranhas), Urucu e Capiá.
Mas também seu casario colonial, disposto irregularmente em morros e baixadas, o artesanato singelo, a gastronomia, que inclui o saborosíssimo pitu, e a gente simples e cativante fazem da cidade a quarta mais visitada do estado.
A sensação que se tem ao chegar ao lugarejo é inexplicável, tamanha a energia que envolve o conjunto arquitetônico. Há um conservatório, o único de Alagoas, instalado na casa onde Dom Pedro II pernoitou em sua passagem pela cidade, em 1859, na parte alta.
O percurso turístico passa pelo Museu do Sertão, pela Igrejinha de São Francisco e pelo Café da Torre, que é uma cafeteria que fica localizada em cima da torre do relógio da cidade, muito lindo e aconchegante. Também fazem parte do roteiro turístico os mirantes, de onde se avistam os limites da cidade, emoldurados pelo Velho Chico.
São 23 mil habitantes em um município de ruas limpas e fachadas cuidadosamente pintadas em várias cores. Em um sistema adotado pela prefeitura, os moradores escolhem a cor e a administração pública providencia a pintura. Assim, não há uma só casa com aparência de descuido, nem as pontes e os meios-fios.
O zelo é tanto que a cidade mais parece um cenário de cinema. Prova disso são os filmes que foram rodados lá (Lampião e Baile perfumado), sem falar na novela da TV Globo Cordel Encantado, também ambientada em Canindé do São Francisco.
Piranhas é a única cidade do semiárido nordestino tombada como patrimônio histórico nacional. Foi fundada no século 18, quando o local era conhecido por Tapera. Conta-se que, em um riacho, hoje chamado das Piranhas, um caboclo pescou uma grande piranha, levando-a para casa depois de parti-la e salgá-la.
A história foi transmitida de geração a geração e, segundo consta, denominou o lugar, que cresceu próximo ao riacho.
A centenária Piranhas, às margens do Rio São Francisco, faz limites com Olho d’Água do Casado, Pão de Açúcar, São José da Tapera, Inhapi e Rio São Francisco.
Está 47m acima do nível do mar e tem uma área de cerca de 410km². Sua temperatura máxima chega aos 40 graus, com sensação de bem mais.
O Museu do Sertão fica no bem conservado prédio pertencente à antiga Rede Ferroviária, onde também estão o Centro de Exposição e Cultural de Artesanato, a Casa do Patrimônio, a Torre e o Centro Cultural Miguel Arcanjo de Medeiros
Depois fomos até a margem do rio e ficamos observando a beleza local e esperando a hora do nosso embarque em mais um catamarã para o passeio.
Nos supreendeu no local foi o fato de haver uma estrutura de salva-vidas nas margens do rio, isso demonstra a segurança que é destinada aos banhistas do rio, que por sinal é imenso e com águas muito límpidas.
Na hora marcada, o catamarã partiu. A estrutura é um pouco diferente do catamarã que faz o passeio ao Canion, este é aberto e com direito a hidromassagem durante todo o percurso do passeio. Detalhe que no local da hidromassagem, que é uma rede que fica no meio do catamarã, só é permitido a permanência de duas pessoas. O banho é maravilhoso e serve mesmo de hidromassagem, que devido a intensidade do movimento da água, não se consegue ficar muito tempo na hidromassagem, então é tranquilo o revesamento das pessoas que estão no passeio.
O percurso ao longo do rio São Francisco é belíssimo, a vegetação local deslumbrante e durante o passeio há uma explicação sobre a região e o que se vê no passeio.
Antes de se chegar a Angicos, há uma parada na localidade de Entremontes, que é um distrito do município de Piranhas, localiza-se no extremo oeste de Alagoas e é confrontada pelos estados de Pernambuco, Bahia e Sergipe. O povoado ainda mantém seus casarios antigos que guardam características do período colonial.
A construção mais importante, a igreja, é dedicada a padroeira do povoado, Nossa Senhora da Conceição.
Sua história conta com fatos importantes para a região, como a visita do imperador Dom Pedro II em 1859, e a inclusão da localidade na rota do cangaço pela passagem de Lampião e seu bando pelo local.
A grande atração hoje em dia do local é o fato de existir um grande número de mulheres que detém a arte do bordado redendê e do ponto-cruz. A habilidade foi herdada de suas mães e avós, e essa atividade está tão presente na vida da comunidade quanto o desafio de seus maridos, pais e filhos de recolher do São Francisco o sustento do dia-a-dia.
Com linha, agulha, bastidores e tesourinhas, as mulheres de Entremontes vão compondo nos tecidos, ponto a ponto, desenhos a partir das duas técnicas de bordado mais difundidas na região: o Redendê e o Ponto de Marca (também conhecido como ponto de cruz).
Sem dúvida alguma, o trabalho tem um significado especial; além de trazer ao público duas das mais tradicionais técnicas de bordado de nosso país, sua produção é elemento de agregação e valorização de toda a comunidade, ao proporcionar a melhoria da qualidade de vida das artesãs e de suas famílias.
Após a visitação do local e do trabalho das bordadeiras, voltamos ao catamarã e seguimos o percurso até Angicos, onde há a parada para banho, almoço e a caminhada pela trilha da rota do cangaço.
Assim que desembarcamos, por volta de 12h30min, vimos uma cena típica, mulheres da região lavando roupas no rio. Ótimo registro. No local se permanesse por duas horas, tempo suficiente para banho no rio, almoço e fazer a rota do cangaço.
Para fazer o passeio, paga-se uma taxa ao guia local de R$3,00 por pessoa. O percurso dura 20 minutos, o único problema é a temperatura local, que já é elevada e o horário do passeio é quando o sol está a pino, o que torna ainda mais quente, fomos informados que a temperatura ao sol girava em torno de 30 graus.
No entanto, a Trilha de Angicos é daquelas que além do prazer de caminhar por uma paisagem de caatinga nos leva também a uma viagem pela história, pois foi por esses caminhos que na madrugada do dia 28 de julho de 1938, a Volante do tenente João Bezerra emboscou e assassinou Lampião, Maria Bonita e parte do seu bando.
Ao longo da trilha pode-se observar mandacarus, macambiras, cactos, palmas, quipás; aroeiras, angicos, jatobás; um teju cortando nosso caminho era apenas uma pequena parte do que víamos enquanto caminhávamos no único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga.
Uma família de soinhos nos primou com sua estadia em uma árvore da região e para completar, toda a história do assassinato de Lampião e seu bando era contada pela guia numa riqueza de detalhes, exaltando o seu orgulho pela cultura da região.
Na gruta de Angicos existe um memorial em homenagem a Lampião, uma placa com o nome de todos os cangaceiros mortos e duas cruzes simbolizando o Rei do Cangaço e o seu bando.
Permanecesse no local por uns 15 minutos, que é o tempo de reestabelecermos as forças para voltar ao sol escaldante. Finalizada a trilha, fui direto para o rio, tentar reestabelecer a temperatura do meu corpo que estava quase em estado do insolação. Mas, todo o esforço foi válido para reviver o passado.
O almoço foi maravilhoso, um peixe divinamente servido com baião e saladas. Retornamos à Piranhas e depois do desembarque pegamos o carro e fomos até o restaurante que fica no mirante, ponto mais alto da cidade, onde é possível visualizar toda a região, que por sinal é belíssima.
Finalizados os passeios, retornamos ao hotel para arrumarmos as coisas e seguir viagem no dia seguinte.
03/01/2012 - Saímos de Canindé de São Francisco às 8h07min, nosso destino? Rota em retorno ao lar. Mas, não era qualquer retorno, olhando no mapa visualizei um caminho que encurtaria a rota e passaria por diversas cidades que não conhecíamos, além de passar por algumas estradas carroçáveis. Traçado o trajeto, rumo a execução do planejado. Odômetro marcando 48.796, vamos lá.
Algumas informações básicas no local onde identifiquei como sendo o cruzamento e vamos em frente. Seguimos na estrada para Pial do cruzamento até a cidade andamos 13km em estrada carroçável. Depois seguimos para Inhapi, pela AL 140, foram mais 24km de estrada de chão, chegamos na cidade às 9h50min.
Continuamos, agora pelo asfalto até Mata Grande, onde chegamos às 10h10min. Seguimos para Tupinatinga, com 31km de estrada carroçável e 47km de asfalto, chegamos eram 12h07min. Daí para frente asfalto até Arcoverde, onde paramos as 12h47min para almoçar no restaurante e hotel Cruzeiro do Sul.
Certamente podemos afirmar que essa foi a refeição mais saborosa feita na estrada, pense num local maravilhoso e organizado, um self-service com direito a camarão, diversos tipos de peixe, dentre eles salmão, diversos tipos de carne, enfim, tudo que comemos estava delicioso. E o banheiro do restaurante, então, gente todo no granito, impressionante, haviam 14 pias e 14 sanitários todos limpos, com louça de primeira qualidade e tecnologia de ponta. Muito bom mesmo, recomendo a todos os viajantes que por lá passarem. Depois descobri que o hotel chama-se Cruzeiro IV, que fica no final da Avenida Pinto de Campos, é dogrupo Cruzeiro, do empresário Airon.
O município de Arcoverde é considerado a porta de entrada do Sertão Pernambucano. Com localização estratégica e clima ameno, a cidade é conhecida por ser o berço de alguns dos mais tradicionais grupos de côco de roda do Estado. A cidade insere-se na unidade geoambiental do Planalto da Borborema. A vegetação nativa da região é composta por florestas Subcaducifólica e Caducifólica, próprias das áreas agrestes.
Na área de lazer, Arcoverde oferece durante todo o ano uma vasta programação de eventos e shows artísticos, destacando o São João, a Fenospe, a Exposição de Animais e a Festa do Comércio. Arcoverde ainda conta com o cinema mais antigo do Brasil, o Cine Rio Branco, ainda em funcionamento. Tem uma grande casa de espetáculos, o Coliseu, além de teatros, bares, danceterias e restaurantes que fazem das noites arcoverdeneses uma das mais movimentadas do interior do Estado. Enfim, se tivéssemos mais tempo iríamos conhecer essa cidade, que indica ter muita coisa para se ver.
Satisfeitos, seguimos nosso percurso, que tinha como previsão, parada para dormir em Catolé do Rocha. Assim, fomos passando por Sertânia, Albuquerque, Tuparetama, Teixeira, Patos, Pombal (onde fomos brindados com o espetáculo do por do sol), chegando em Catolé do Rocha as 18h47min, tendo rodado 850km.
Nos hospedamos no hotel Talismã e fomos jantar no restaurante pizzaria, pois é, era esse mesmo o nome, e se justificou visto que além de pizza o restaurante servia diversos outros pratos. Pedimos uma opção de carne que vinha acompanhado de um creme de milho, feito pela própria dona, saborosíssimo. Valeu a pena apreciar a culinária local.
04/01/2012 - Após o café da manhã, fomos dar um rápido passeio pela cidade, que apesar de pequena é simpática
Catolé do Rocha é um município brasileiro no estado da Paraíba, cuja toponímia Catolé do Rocha deve-se a abundância de uma palmeira nativa, de nome Coco Catolé, e Rocha, uma homenagem ao seu fundador que tinha sobrenome Rocha. Alguns historiadores, afirmam também, ser costume de se referir a uma localidade, utilizando o nome de seu dono, acreditam também, por haver outra localidade com o nome de Catolé, costumeiramente se referiam a "Catolé dos Rochas" por pertencer ao Tenente Francisco da Rocha.
Os historiadores mostram a descoberta destas terras, com os primeiros habitantes, presumivelmente, os índios Pegas (ou Degas), Coyacus e Cariris, nos fins do século XVII. As bandeiras do governo Geral, capitães Paulistas, matavam os índios requerendo sesmarias de três léguas de comprimentos por uma de largura.
Conta a história que Francisco da Rocha Oliveira, descendente de Teodósio de Oliveira Ledo, chega à região, estabelecendo-se as margens do riacho Agon.O Tenente Coronel Francisco da Rocha Oliveira e sua esposa Dona Brásida Maria da Silva, iniciaram aqui as primeiras edificações, no ano de 1774, com a construção de uma capela erigida em honra de Nossa Senhora do Rosário.O território compreendia uma extensão de aproximadamente 5.400 km. E como aconteceu em quase todas as cidades e povoações nordestinas que surgiram, o seu início se deu às margens de riachos e nascentes ou subsolos que apresentavam condições favoráveis para o abastecimento d'água.
Com Catolé não foi diferente, o seu início foi às margens do Riacho Agon ou Ogon ou ainda Yagô, onde havia água farta mesmo nos anos de estiagem.Logo após a sua chegada, o tenente tratou de explorar a parte de terra que lhe cabia, organizando plantações, construindo fazendas para criação de gado, construindo casas residenciais, fazendas de gado como também a construção de uma capela no local onde hoje é a Avenida Américo Maia, próximo ao Banco do Nordeste, denominada Capela do Rosário. Anos depois a capela do Rosário foi demolida para a abertura de novas avenidas, e construída a Igreja matriz, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios.
O município conta com uma capela no sítio de Conceição, sendo a padroeira Nossa Senhora da Conceição, segundo os historiadores, foi a 1ª capela construída no município. Após a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, em fins do século XVIII, o lugar teve um surto de desenvolvimento, com o surgimento de algumas construções que marcaram a época como: o prédio da Coletoria Estadual, um sobrado com a fachada revestida de azulejos trazidos de Portugal, o prédio da Intendência a antiga Prefeitura, onde hoje funciona o Projeto Arte de Viver, o sobrado de Américo Maia onde funciona dois Cartórios e a Rádio Panorama FM, o sobrado Coronel Valdivino Lobo, já demolido, a Casa de Caridade, depois Colégio Leão XIII, atualmente Centro de Catequese e Pastoral.
Finalizado o breve city tour, partimos às 8h00min da cidade, pegando uma estrada carroçável rumo a João Dias. A estrada nos surpreendeu com sua beleza, dava para fazer um hally visto que passamos por subidas ingremes e estreitas, cujo cenário era maravilhoso.
Maior supresa foi chegar à cidade de João Dias, onde encontramos uma cidade muito organizada e cuidada. Além disso, próximo à igreja matriz há um monumento permanente do presépio, ficamos impressionados com o preciosismo das esculturas em tamanho natural. Muito bonito mesmo.
Continuamos e a próxima cidade (Antônio Martins - RN) nos surpreendeu novamente, havia um mirante e santuários São José muito bonito que permitia uma visão completa da cidade. Conforme a placa instalada no local, em 1924 Mariano José da Rosa foi convocado para servir as Forças Armadas. Fez um voto a São José que se fosse dispensado, construiria no local uma capela em sua homenagem. Alcançada a Graça, voltou de Caicó e em 1930 começou os trabalhos para a construção da capela, sendo concluída em 1947, sendo até hoje mantida e conservada.
Seguimos viagem pela RN 076, e qual não foi nossa surpresa quando nos deparamos na estrada, quase chegando à cidade de Lucrécia, com mais um monumento do cangaço. Monumento esse entitulado Cruz dos Três Heróis, no qual estava escrito: "Francisco Canela, Sebastião Trajano e Bartolomeu Paulo sucumbiram neste lugar, pelas mãos assassinas de Virgulino Lampião, na destemida missão de liberdade de Egídio Dias da Cunha. Em 12-06-1927". Com isso, não tivemos mais dúvidas, sem planejamento ou previsão, conseguimos percorrer boa parte da rota do cangaceiro Lampião. Melhor que isso, nem se tivéssemos planejado.
Depois de passar por Lucrécia, seguimos por Umarizal, Itaú e Rodolfo Fernandes, onde pegamos mais uma estrada carroçável até Potiretama-CE. Enfim Ceará, seguimos por Alto Santo, Taboleiro do Norte, Chorozinho, chegando em Fortaleza as 15h50min, tendo rodado 389km, totalizando 1.244km desde Canindé de São Francisco. Roteiro que recomendamos a todos que curtem boas paisagens com estradas fascinantes.
A viagem não programada foi mais que maravilhosa, chegamos totalmente relaxados e prontos para enfrentar novas rotinas de trabalhos e vida cotidiana que nos estimulam a sonhar com novos roteiros de viagens fascinantes.

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